Como é preciso fortaleza para enfrentar o deserto! Tantos desânimos!
Porque o paradigma da travessia do deserto, ou da travessia do mar, com
tempestades, com dias de sol, com dias de alegria, é a força ou a
energia de não desanimar, de não voltar para trás. “Então, já que é
difícil, voltamos para o Egipto!” “Já que não há patrão, construímos
aqui um deusinho alternativo.” Foi aquela perseverança que permitiu
atravessar o deserto, que o peregrino tem de ter para que mesmo no
cansaço não desanime e prossiga em frente. Por isso a imagem do
peregrino é tão construtiva e tão cristã. Saber que a fortaleza do
caminho é Cristo. O peregrino precisa dessa fortaleza para saber viver
os seus cansaços, aceitá-los, tirar partido deles, criar etapas, não
desistir.
Vasco P. Magalhães, sj
ONDE HÁ CRISE, HÁ ESPERANÇA
Um pensamento para cada dia: ver em tudo o que acontece uma oportunidade de crescimento.