O pobre como ideal que aparece no Evangelho não é o pobre sociológico, o
miserável. Contra essa pobreza é preciso combater. Aqui falamos daquele
que é capaz de se despojar de tudo aquilo de que não precisa, do que
vive a austeridade, o pobre é aquele que é capaz de partilhar, de estar
aberto aos outros, o pobre é aquele que se compromete pelo mais justo.
No sentido do Evangelho, os pobres e os humildes são os que vivem estas
três dimensões, sem as quais não há pobreza. O Evangelho quer acabar com
a miséria que é fruto da injustiça, quer lutar pela maior partilha,
quer lutar pela justiça, quer lutar para que as pessoas saibam viver a
felicidade do ser e não do ter. E isso os ricos não sabem fazer.
Vasco P. Magalhães, sj
ONDE HÁ CRISE, HÁ ESPERANÇA
Um pensamento para cada dia: ver em tudo o que acontece uma oportunidade de crescimento.