Criptomoedas ou ouro: afinal qual é o melhor investimento?

O mundo das criptomoedas e o investimento a este associado veio para ficar. A Bitcoin, uma das criptomoedas mais populares, disparou em 2021 e  alcançou o lugar de ativo mais rentável do ano.

Porém, com o cenário de guerra na Ucrânia e a consequente queda das bolsas, os investidores “sentiram o chão tremer”. Apesar de algumas comparações, a verdade é que a área das criptomoedas continua a ser diferente da do jogo, por exemplo. É possível aceder a sites com um código de bónus bet365 e tentar a sorte, algo bem diferente do que é necessário para começar a desenvolver competências em criptomoedas ou investimentos associados.

A instabilidade do mercado internacional torna, inevitavelmente, mais apetecível o investimento em ativos mais seguros, de que é exemplo o ouro. De acordo com a informação avançada pelo jornal Eco, o ouro que está nos cofres do Banco de Portugal valorizou 4,3 por cento durante o ano passado, atingindo um valor total de 19,18 mil milhões de euros. “O ouro a preços de mercado em euros tem vindo a valorizar desde 2017, ano em que se registou uma valorização total de 13.305 milhões de euros. O valor no final de 2021 apresentava assim uma subida de 48,8 por cento em apenas quatro anos”, pode ler-se. É interessante referir que o Banco de Portugal diz ter a 14.ª maior reserva de ouro do mundo e a 6.ª maior da Europa Ocidental (atrás dos Países Baixos, Alemanha, França, Itália e Suíça).

Mas, voltemos à questão: criptomoedas ou ouro – qual é o melhor investimento? As “stable coins” são a resposta. Trata-se de um tipo de criptomoedas que procuram oferecer o melhor de dois mundos: a capacidade de processamento instantâneo, segurança e privacidade das criptomoedas, e a baixa volatilidade e valorização das moedas fiduciárias ou outros ativos. Ou seja, existem “stablecoins” em ouro. Nesse caso, a “stablecoins” são indexadas a metais preciosos (um dos tipos de “stablecoins” que existem até ao momento). São exemplo, a Tether Gold (XAUT) e a Paxos Gold (PAXG). Por cada “token” (criptomoeda) emitido pelo Tether, a empresa por detrás da emissão dessa “stablecoin” tem de ter um dólar. As duas maiores “stablecoins” em ouro do mundo, a PAXG e a XAUT, afirmam que possuem o equivalente a uma onça-troy (31,10 gramas) do metal precioso, que custa cerca de 1.835 euros para cada “token” emitido.

Se tem dúvidas sobre a existência efetiva do ouro, saiba que estas empresa passam por auditorias periódicas, que confirmam a existência do metal nos seus cofres. A Paxos foi auditada pela consultoria Withum e a Tether Holdings foi inspecionada pela MHA Cayman, e os relatórios revelaram que ambas detêm a quantidade de ouro equivalente às “stablecoins” emitidas.

Além disso, pelo menos, no caso da Tether Holdings, se preferir, também pode solicitar a entrega física do ouro. Apesar de as “stablecoins” ainda não serem muito conhecidas, ambas estão disponíveis para compra nas principais corretoras de criptomoedas (“exchanges”), tais como a Binance, Bybit, FTX, Bitget, Coinbase e Gate.io.

Contudo, é sempre necessário ter “peso, conta e medida”. Recentemente, Wiliam Ou, CEO da Token.com do Brasil, falou sobre os riscos da “stablecoins”, frisando a importância de saber quem é o emissor da criptomoeda, se o emissor é confiável e se o investidor terá chaves privadas para proteger os seus investimentos.

Resumindo, pode investir em criptomoedas, pode investir em ouro, ou pode investir em ambos, através dos “stablecoins”. Em qualquer um dos casos, lembre-se que antes de qualquer decisão, é fundamental que esteja bem informado.