Neste ano de eleições autárquicas, será o encerramento de um ciclo, um ciclo longo, quase dinástico, nefasto para todos aqueles que têm opiniões diferentes ou divergentes. Foram e são os mesmos que, “rasgam vestes” em discursos de liberdade, cantam e cerram o punho no ar, para enganarem alguns, controlando outros e “cilindrando” tantos.
Não se deve manter quem participou, compactou e permitiu que a despesas e dívidas aumentassem, em nome de obras, obras essas que quase sempre ficaram incompletas, se não mesmo sempre. Verdade que são inúmeras, e não seria possível em alguns casos, serem feitas numa única intervenção, mas isso não é motivo nem justificação para erros, nem para alterações ou correcções durante ou pós obra. Isto só confirma a incompreensão das reais necessidades, arrogância nas acções e desprezo em ouvir quem vivi o dia-a-dia. Não acho que seja esta continuação de acção e influência que se deve manter nos órgãos autárquicos do concelho, a mudança para além de necessária, é fundamental para a reerguer e evoluir todos os lugares do concelho. Em conjunto com as pessoas, para as pessoas e pelas pessoas, para que se sintam ouvidas, envolvidas e possam tirar mais e melhor partido do uso das infra-estruturas, serviços e demais “coisa pública”.
O uso dos meios públicos para conservar, manter, melhor e construir, não é uma situação de deve ser noticia ou só orgulho, deve ser uma obrigação e dever, pois os diversos impostos que se paga é para assegurar isso mesmo. A obra que um autarca deve edificar, não pode ser só betão, deve ser sentido pela comunidade.
João Vinagre – CDS Almeirim