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Política

“Penso que já contribui com a minha quota parte para o serviço público”

Por: Daniel Cepa 03 de Outubro, 2025 2 Minutos de Leitura

João Apolinário está a terminar 28 anos de dedicação ao setor público. Nesta entrevista faz um balanço muito positivo destes três mandatos e diz que deixa obra feita. 

Que balanço faz destes 12 anos?

Foi muito positivo. Conseguimos estabilizar as finanças da Junta de Freguesia – tínhamos um passivo a rondar os 130 mil euros – e realizaram-se bastantes obras na Freguesia. Entre elas, a reabilitação dos centros de saúde de Fazendas de Almeirim, Paço dos Negros e Marianos; a reabilitação total da EB 2,3 e da Escola Primária e Jardim de Infância de Paço dos Negros; a passagem dos serviços dos CTT para o Centro Cultural de Fazendas de Almeirim, que passou a oferecer melhores condições aos utentes; a construção do Campo do Sporting; criação de parques de estacionamento; várias requalificações urbanísticas, pavimentação de ruas e construção de passeios.

Apoiámos todas as associações desportivas e culturais da Freguesia, bem como todas as festas populares anuais. Garantimos apoio total ao Agrupamento de Escolas Salgueiro Maia, através de transportes escolares, visitas de estudo, transportes para terapias especiais, verbas para expediente e limpeza, enriquecimento da Biblioteca Escolar, além de todo o trabalho de limpeza e podas de árvores.

Cuidámos da Herdade dos Gagos, com intervenções de desmatações, podas e fertilizações, conforme projetos submetidos às entidades competentes. Realizámos obras nos cemitérios da Freguesia, construímos uma tão desejada Casa Mortuária nas Fazendas e iniciámos o Parque Urbano, com a plantação de centenas de árvores.

Aumentámos o parque de máquinas e veículos de trabalho, criámos uma equipa de higiene e limpeza urbana (que não existia quando começámos), requalificámos o edifício-sede da Junta e o pavilhão das máquinas e fizemos a requalificação profunda da Escola de S. José, transformada em nova sede da Junta de Freguesia, com todos os serviços centralizados: administrativos, Espaço do Cidadão e CTT.

Foi ainda feito muito trabalho a nível social, com todo o apoio possível aos pedidos de ajuda dos nossos fregueses.

O que mais gostou?

Gostei particularmente de ver o contentamento das pessoas com as obras que iam sendo feitas e da relevância que tinham para a melhoria das condições de vida na Freguesia.

O que ficou por fazer e porquê?

Ficaram por fazer vários passeios em arruamentos principais, a conclusão do Parque Urbano – com espaço destinado à nossa festa anual e muitos lugares de estacionamento –, as obras de requalificação no Vale d’Água (já em fase de projeto) e o arranjo urbanístico no parque do Centro Cultural, onde pretendia criar um espaço de homenagem à “Comadre Lucília”, também em fase de projeto.

Como referi, algumas destas obras já têm projeto. Faltou ultrapassar as burocracias dos concursos: alguns ficaram desertos e outros apresentaram preços elevadíssimos.

O que precisa de ter o próximo presidente de junta?

O próximo presidente de Junta, para esta Freguesia, tem obrigatoriamente de ser um líder forte, honesto, respeitador, que goste verdadeiramente de servir a causa pública e, acima de tudo, que conheça bem os problemas e as gentes da Freguesia.

A economia local ainda depende maioritariamente da agricultura?

Face à estrutura que temos, desenvolvida há várias décadas, existe alguma relevância a nível comercial e industrial, mas a grande alavanca económica é, sem dúvida, a agricultura, nas suas várias formas.

Há alternativas viáveis para que isso possa mudar?

As alternativas para alguma mudança passam pela divulgação das condições de localização de que dispomos: as vias de comunicação e a nossa centralidade.

Há queixas recorrentes sobre transportes, saúde ou educação. O que se tem feito para resolver?

As queixas sempre existirão na sociedade atual, mas isso não significa que esteja tudo perfeito. A nível de transportes, além da Rodoviária do Tejo, temos os Transportes Locais de Proximidade nas Fazendas, em Paço dos Negros e em Marianos, e ainda os Transportes a Pedido “USO”. Na área da saúde, reabilitámos as extensões do centro de saúde e temos conseguido assegurar médicos com regularidade. Na educação, não podemos exigir muito mais, quer a nível de instalações, quer de recursos humanos.

As estradas, passeios e espaços públicos estão devidamente mantidos?

As estradas, passeios e espaços públicos estão devidamente limpos e cuidados. Por vezes, devido ao uso ou ao vandalismo, é necessário realizar reparações.

Fazendas de Almeirim está preparado para receber novos investimentos?

Os novos investimentos são sempre bem-vindos. Cá estaremos para apoiar o que for necessário.

Qual a pessoa que vê melhor perfilada para ser presidente de junta? Porquê?

Considerando os candidatos à Junta, não tenho dúvidas em reconhecer o Joaquim Miguel Pereira como o melhor, mais capaz e conhecedor dos problemas da Freguesia, pelo seu dinamismo, resiliência e capacidade de liderança.

O Chega venceu as últimas eleições no concelho. O que podem fazer agora? É a grande preocupação do PS?

Nas últimas eleições, penso que os resultados do Chega expressaram o descontentamento da população relativamente aos governantes de Lisboa. A nível local, acredito que os eleitores darão o seu aval às pessoas que sempre conheceram e que já deram provas das suas qualidades e carácter. O PS preocupa-se, acima de tudo, em cumprir o que promete, para melhorar a qualidade de vida na Freguesia.

Depois do dia 13 o que vai fazer a nível político?

Quando ocorrer a tomada de posse do novo executivo, irei desfrutar da minha reforma na companhia da família, que ficou um pouco privada ao longo destes anos. Foram dezasseis anos em vários executivos e mais doze como presidente. Penso que já contribuí com a minha quota-parte para o serviço público.

Que mensagem dirige a cada eleitor de Fazendas?

Espero que os nossos eleitores cumpram o seu dever cívico, indo votar. Confio plenamente que saberão escolher as pessoas mais capazes e que já deram provas ao longo da sua vida.

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