Após 21 anos de serviço, Martta Reis Simões, enóloga da Quinta da Alorna, em Almeirim, anunciou a sua saída da empresa que tanto contribuiu para consolidar no panorama vitivinícola nacional e internacional.
Em comunicado enviado às redações, Martta Reis Simões explica que, após anos de envolvimento em projetos marcantes — como o lançamento da linha Quinta da Alorna Creations e a celebração do tricentenário da quinta com o prestigiado vinho 1723 — considera este o momento adequado para encerrar o seu ciclo profissional e abraçar novos desafios.
Formada em Enologia pela Universidade de Trás‑os‑Montes e Alto Douro (UTAD), a enóloga iniciou a sua carreira na Quinta do Noval e na Quinta da Romeira, onde foi orientada por Nuno Cancela de Abreu. A convite do mentor, em dezembro de 2003 integrou a equipa da Quinta da Alorna, desempenhando um papel decisivo no desenvolvimento da marca Marquesa de Alorna e de um inovador Colheita Tardia, feito com Tinta Miúda.
Em 2010, assumiu a direção da enologia da quinta, liderando projetos com forte identidade regional, como o Reserva das Pedras. Martta sublinha a aposta na casta Fernão Pires, com destaque para a sua capacidade de envelhecimento, e lembra que, em 2018, colaborou com a Comissão Vitivinícola Regional do Tejo na valorização desta casta.
Reconhecimentos não faltaram ao longo da sua carreira. A enóloga foi distinguida em duas ocasiões como “Enóloga do Ano”, pela CVR Tejo, nos anos de 2012 e 2017.
“Durante todos estes anos houve tempo para concretizar sonhos, aprender, crescer, dar e receber. Inicio agora um novo capítulo com confiança, mas sobretudo com profunda gratidão e o sentimento de missão cumprida”, afirma Martta.
A aposta na inovação, o respeito pelas raízes vitivinícolas da Quinta da Alorna e a promoção do Tejo enquanto região emergente são parte do legado que Martta Reis Simões deixa na empresa e no setor. O futuro profissional da enóloga não foi ainda revelado.