Chegou, recentemente, ao fim a 9.ª edição do FIFCA, que se iniciou em 2008, primeiro com edições bianuais e nos últimos três anos de formato anual.
“Realmente este formato dá uma maior consistência à própria estrutura de organização do FIFCA, bem como um maior destaque a nível regional, nacional e mundial”, começa por destacar Ricardo Casebre da organização.
“Tivemos uma equipa fantástica no planeamento e elaboração do esqueleto, que passa pela estratégia, parcerias, programação, elaboração de mapas, contactos com entidades, Escolas, IPSS, Lares, comitivas, comunicação, tudo aquilo que é a envolvência do Festival e todas as áreas que se interligam” sublinha o organizador.
Casebre assume que é “um trabalho árduo, para a equipa que lidero, uma palavra de agradecimento à Presidente da AG do FIFCA Irene Lucas Sequeira e à Secretária da Direção Rute Nicolau, que passaram muitas horas a tratar de toda a logística e mapas do FIFCA e que tornaram esta edição, num grande sucesso de organização.”
Numa conversa com o Jornal O ALMEIRINENSE, a organização faz “um agradecimento muito especial à restante equipa que, no momento certo, fazem toda a estrutura e máquina do evento acontecer. Direção, Órgãos Socias, Staff, Voluntários e os chamados invisíveis que, não aparecendo muitas vezes, sabem que este evento também é seu, mas é daquelas que vale cada hora de sono perdida. Temos uma equipa de guias jovem e cheia de garra que acompanha cada comitiva. Tudo é pensado ao pormenor: desde a logística dos transportes até à partilha de refeições. É um verdadeiro trabalho de equipa.”
O FIFCA é um evento que transforma Almeirim e os municípios parceiros num mini planeta Terra, pois, durante estes dias, temos “O MUNDO AQUI TÃO PERTO”. Durante mais de uma semana, temos tradições, danças, músicas e sabores de todos os cantos do mundo aqui mesmo à porta de casa. “É impossível não ficar contagiado com a energia do festival, que sai dos palcos para ir ai encontro das crianças, dos idosos, daqueles que habitualmente não acompanham o Festival nos Grandes Palcos das GALAS DAS NAÇÕES. Esse é o grande compromisso deste Festival, as pessoas primeiro, sempre as pessoas”.
Será normal fazer-se comparações e “sem dúvida, considero esta uma das melhores edições do FIFCA, senão mesmo a melhor, ter uma estrutura como o IVV – Multiusos, deu um palco com a dimensão que o FIFCA já merecia, para além da ARENA de Almeirim, mas a moldura o conforto, não estarmos dependentes da meteorologia, as salas de apoio, toda a estrutura concentrada num espaço, elevou a qualidade do FIFCA para outro Patamar”.
Este ano, marcaram presença comitivas da Argentina, Polónia, Lituânia, Bulgária, Kosovo, Chile, México e Colômbia e cada comitiva trouxe a beleza do seu folclore, mas também a sua alma, a sua cultura, e isso tornou o FIFCA num ambiente mágico.
Numa conversa franca, Ricardo Casebre assume que “sei que o Festival precisa de elevar a qualidade, noutros patamares, que na nossa região, sempre foi colocada um pouco à margem, nos pormenores está o segredo do sucesso, nas parcerias é necessário melhorar a oferta de alojamentos com qualidade e que respondam às necessidades das comitivas que nos visitam e que visitam grandes palcos mundiais, o cuidado nos locais de apresentação das comitivas, devemos ter Salas com condições para receber condignamente as Galas das Nações, cuidar da imagem de um palco, ter técnicos de luz e som qualificados em todos os palcos. É preciso mudar um pouco a mentalidade diferenciadora para este tipo de evento. O FIFCA (e com todo o meu respeito pelos Festivais que os Grupos de Folclore organizam localmente), quer elevar este evento cultural, para o nível superior do melhor que se faz a nível mundial, ainda estamos a alguns anos de tornar essa parte do sonho possível, mas sei que um dia teremos esse objetivo concretizado e todos os grupos parceiros que queiram fazer parte deste projeto, sabem que o salto qualificativo é também para valorização do trabalho que, diariamente, desenvolvem, mesmo nos seus pequenos eventos muito necessários para manter as gerações futuras ligadas às suas raízes culturais.”
À semelhança também de outros anos, o FIFCA conseguiu juntar exposições de pintura, escultura, Festival de Arte Urbana ROUTE 118, entre outras formas de arte.
E apontado já ao próximo ano, para final de conversa, Casebre deseja que “vamos tentar apresentar algo diferente, vamos ver se conseguimos. Aproveito para deixar um desafio a todos aqueles que queiram participar ou fazer parte da equipa do FIFCA… larga o sofá, vem até aos locais onde estão as comitivas ou eventos do FIFCA e deixa-te surpreender. Vais ver que, em poucos minutos, estás a bater palmas, a provar comida nova e a dançar com desconhecidos como se fossem amigos de infância. O FIFCA é festa, é cultura, e é uma viagem sem precisares de passaporte… Viaja pelo mundo nos municípios parceiros do FIFCA e encontra “ O MUNDO AQUI TÃO PERTO””.