José Carlos Avó (CDU): “Os últimos quatro anos foram de completo marasmo”

Como surgiu o convite para liderar a lista à freguesia da Raposa?

Foi um convite normal e de continuidade. Os partidos que integram a CDU continuam a ver em mim, capacidade, experiência e forte ligação à freguesia, necessários para poder vir a ser um bom presidente. Também o coletivo dos candidatos que compõem a lista da CDU mostraram essa confiança.

O que acha que pode trazer de bom à Freguesia?

Conheço a freguesia como “a palma da minha mão”, tenho dúvidas que alguém a conheça melhor que eu. Tenho excelente relacionamento com toda a gente, converso com todos, sei quais os problemas que sentem e aquilo que acham que será importante concretizar para viverem melhor na sua terra. Sabem que, se for eleito, tratarei todos por igual e defenderei os seus interesses e direitos.

Como analisa o trabalho de Cristina Casimiro nestes últimos quatro anos? E nos 12 em que esteve à frente da junta?

Os últimos quatro anos foram de completo marasmo, os mandatos anteriores já tinham deixado a desejar. Deste mandato apenas lembro a compra do autocarro, nada mais de relevante. A pavimentação e limpeza das ruas, continua muito deficiente, o multibanco está há mais de um ano sem funcionar.

Neste mandato, notou-se ainda mais a falta de comunicação com a população, sentimos mesmo discriminação, apenas alguns amigos são tidos em conta. Isto, na minha opinião, é grave.

Sabemos quais as competências da junta, próprias e delegadas pela câmara municipal, mas para além destas, o presidente da Junta tem a obrigação de, junto do executivo municipal, chamar à atenção para as situações que carecem de ser melhoradas ou alteradas e propor as obras, que sendo da responsabilidade da câmara, a freguesia precisa. Pelo que sei, nunca a presidente da junta o fez na Assembleia Municipal onde tem assento, entra muda e sai calada.

Se ganhar a junta, quais os grandes desafios?

O principal desafio é mesmo ouvir os fregueses da Raposa, sem descriminações. Outro desafio será levar à prática o programa da CDU para a freguesia, olhar para a questão da habitação, melhorar os horários e a frequência dos transportes, incentivar o comércio local, criar as condições para a qualidade de vida dos idosos, também dos jovens, ou seja, fazer os possíveis e os impossíveis, para que as famílias se possam fixar na freguesia. Sem pessoas não há freguesia, vai definhando atá desaparecer.

Quais os principais projetos da sua candidatura para a freguesia?

Esta questão foi sendo referida nas respostas anteriores, posso referir ainda, um centro de dia e de apoio para idosos; investir em iniciativas que possam atrair visitantes como percursos pedestres; dinamizar a casa da cultura; contribuir para a melhoria dos serviços públicos, ou seja, criar melhores condições para que as pessoas não tenham de ir a Almeirim, por tudo e por nada.

Porque devem votar em si os fregueses da Raposa?

Por tudo o que já fui dizendo, acrescentando que, sendo ainda jovem, posso-me apresentar como sendo a voz necessária para o presente e para o futuro. Integro um coletivo partidário, a CDU, força política que tem mostrado trabalho, honestidade e competência sempre que as populações lhe dão a oportunidade de gerir autarquias.

Como se pode potenciar o parque das merendas?

O parque das merendas é um local muito ligado à população da Raposa, foi uma obra que demorou bem mais do que devia. É um espaço muito agradável. Penso que poderia ser mais utilizado na época do calor, o bar ali construído poderia funcionar aos fins de semana e fins de tarde. As colectividades devem entender-se para o explorar, e apostando em programas de animação. Atraia as pessoas e poderia ser uma fonte de receita suplementar. A camara e a junta poderiam colaborar na divulgação.

Em que medida o fecho do aterro é um problema?

Não é o fecho do aterro que é um problema, a questão é a urgência na respetiva selagem, que tem vindo a ser adiada. É um problema ambiental e de saúde pública.

A população da Raposa sofre efeitos nocivos, suspeita-se que o aumento de problemas

respiratórios, especialmente em crianças e idosos, assim como outras doenças mais graves, poderão estar a ser potenciados pelo ar que respiramos. No último ano, a situação agravou-se com incêndio ou queimas no local.


Data de nascimento: 06 de Março 1991

Profissão: Operador Florestal

Passatempos: Participo na atividade das colectividades da freguesia e sempre que posso, convivo com os amigos.

Último livro: Terra Velha de José Manuel Sampaio

Música: Todo o tipo de música