Francisco Yang, aluno do 12.º ano, tem apenas 17 anos, mas já sabe bem o que quer: seguir o mundo da moda. Criou a sua própria marca e sonha ser designer. Em entrevista a O Almeirinense, contou como tudo começou e o que o move neste caminho criativo.
Como surgiu a ideia de criar uma marca?
A ideia de criar uma marca surgiu porque tenho um enorme carinho pelo mundo da moda. O que vemos atualmente na rua é, na minha opinião, “feio” e repetitivo. Não me agrada ver todas as pessoas a vestir o mesmo. A marca não nasceu apenas por motivos monetários, mas também para apoiar a comunidade da moda em Portugal.
Em que fase está? Já há alguns artigos? Quais?
Neste momento, tenho apenas uma t-shirt produzida. É simples, mas agradável aos olhos.
Qual tem sido a reação das pessoas?
As pessoas têm gostado do design, mas queixam-se um pouco do preço, o que percebo perfeitamente. No entanto, é importante sublinhar que estas não são peças de fast fashion. Não somos a Zara — o nosso foco não é produzir em massa, mas sim criar poucas peças com qualidade e produção nacional, o que justifica o preço.
Que peças existem?
Por agora, apenas uma t-shirt branca com o logótipo estampado nas costas.
Já há artigos à venda?
Atualmente não estou a vender. Como estamos a entrar no inverno, não faz muito sentido lançar t-shirts agora. Pretendo começar as vendas em março de 2026.
Quem quiser comprar, como pode fazê-lo?
As pessoas interessadas podem enviar mensagem para o Instagram da marca. Ainda existem duas unidades disponíveis, nos tamanhos S e M. Quem quiser outro tamanho terá de esperar pelo início da primavera.
A ideia é criar o teu próprio negócio?
Como referi antes, não se trata apenas de um negócio. Quero consciencializar as pessoas para os impactos do fast fashion. Este tipo de produção não é benéfico para nós, consumidores, nem para quem fabrica as roupas. Quanto mais compramos, mais alimentamos sistemas de exploração de trabalhadores que recebem pouco ou nada.
O que queres fazer no futuro?
Gostaria de ser designer de moda, mas não em marcas de fast fashion como a Zara ou a Bershka. Se tiver oportunidade, quero continuar com a minha marca e criar peças que reflitam a minha visão. Caso contrário, gostaria de desenhar para marcas de luxo ou de designer, que valorizem a criatividade e a qualidade.













