A Associação de Pais de Alunos do Ensino Oficial de Almeirim reuniu, no passado dia 10 de novembro, com encarregados de educação, o diretor do Agrupamento de Escolas de Almeirim, José Carreira, e o Gabinete da Educação da Câmara Municipal, para discutir a crescente preocupação com episódios de violência registados nas escolas do concelho. A sessão decorreu nas Escolas Velhas, em Almeirim, e juntou dezenas de pais que quiseram expor aquilo que consideram ser uma situação cada vez mais preocupante.
Segundo a Associação de Pais, o objetivo principal foi ouvir a comunidade e transmitir às entidades responsáveis um conjunto de problemas que têm sido relatados de forma insistente nos últimos meses. Entre as situações discutidas estiveram agressões entre alunos, conflitos e roubos, episódios dentro e fora do recinto escolar e casos que ocorreram em zonas como casas de banho, recreios e acessos às escolas. Muitos destes incidentes envolvem estudantes de diferentes anos de escolaridade, o que, segundo vários encarregados de educação, tem agravado o clima de insegurança.
Durante a reunião, o diretor do Agrupamento apresentou informações sobre o funcionamento interno das escolas e explicou que todas as ocorrências reportadas estão a ser acompanhadas individualmente. Garantiu ainda que os rácios de assistentes operacionais se encontram dentro dos limites exigidos e que existe articulação regular com psicólogos, técnicos especializados e serviços sociais. Quanto à vertente policial, esclareceu que o programa “Escola Segura”, tal como existia anteriormente, foi reformulado e passou a estar integrado num modelo mais abrangente das forças de segurança, cobrindo outras áreas além do espaço escolar.
Apesar das explicações, a Associação de Pais sublinhou a necessidade de melhorar a comunicação, defendendo que os pais devem receber informações claras e rápidas sobre incidentes relevantes, de forma a evitar rumores ou informações incorretas que já causaram alarme na comunidade escolar. A direção pediu também aos pais que todas as situações sejam reportadas por escrito à escola e à própria associação, permitindo um acompanhamento mais rigoroso e uma atuação mais célere.
Em relação às medidas a implementar, a Associação defendeu que o Agrupamento deverá rever procedimentos de vigilância e reforçar, sempre que possível, a supervisão nos diferentes espaços escolares, sobretudo nos momentos e locais onde os problemas têm sido mais frequentes. O diretor manifestou abertura para rever práticas internas e reforçar este canal de comunicação com os encarregados de educação.
No comunicado final, a Associação de Pais reafirma o compromisso de continuar a acompanhar de perto todas estas situações, insistindo na defesa da segurança, do bem-estar e das condições de aprendizagem dos alunos. E garante que manterá informados todos os encarregados de educação sempre que existirem novos desenvolvimentos sobre este tema que, para muitos pais, se tornou uma prioridade incontornável.












