Associativismo

Com a pandemia as liberdades, direitos e garantias dos cidadãos foram
condicionadas de acordo com as regras da Direção Geral da Saúde. Vários setores de atividade económica sofrem e a situação social é difícil com agravamento do desemprego e pobreza. Está criado um caldinho de cultura para os “populismos” e para todos os “treinadores de bancada”.

Os efeitos negativos são gerais e refletem-se também na atividade associativa. As reuniões e os convívios foram afetados e mesmo obrigações estatutárias como as Assembleias Gerais foram adiadas ou condicionadas. A ARPICAL anulou a sua Assembleia Geral de Março e juntou-a com a de Novembro, devido à pandemia e, naturalmente, o número de presenças dos sócios foi menor que o esperado.

A FARPIR (Federação Distrital) também englobou a Assembleia Geral de Março em Novembro. Composta por seis Associações só compareceram três,
apesar da garantia de cumprimento de todas as regras sanitárias e determinações governamentais.

Há dois milhões de portugueses acima dos 65 anos, grupo de risco. Destes, cerca de 80%, vivem com reformas até 400 euros e todos estão na fase da vida em que são mais afetados pelas doenças crónicas e pela despesa de farmácia.

A defesa do SNS é vital, mas também a defesa dum Movimento Associativo forte como o MURPI (Movimento Unitário de Reformados, Pensionistas
e Idosos).

José Manuel Sampaio
CDU Almeirim

Artigo de opinião publicado na edição impressa de 1 de dezembro de 2020