Almeirim prepara construção de 168 apartamentos acessíveis, um lar, um jardim de infância e uma escola

A Câmara Municipal de Almeirim adquiriu por 1,2 milhões de euros um terreno com cerca de 4,5 hectares, situado em frente ao antigo supermercado Lidl. No local, está previsto a construção de 168 apartamentos, com tipologias entre T1 e T4, destinados a habitação a preços acessíveis. Dois lotes do terreno vão ser ainda destinados a equipamentos sociais, nomeadamente um lar de idosos, um jardim de infância e uma escola do 1.º ciclo.

Em declarações ao O Almeirinense, o presidente da autarquia, Pedro Ribeiro, explicou que esta operação responde à crescente necessidade de habitação para a classe média e representa um investimento estruturante para o futuro do concelho.

“Planeamos porque sabemos da necessidade de ter casas a preços acessíveis para a classe média. Nada disto é rápido nem se faz sem trabalho. Mas o futuro é este: colocar no mercado mais habitação para reduzir custos. É fundamental”, afirmou o autarca.

Pedro Ribeiro detalhou as fases já concluídas e as que se encontram em curso no âmbito do projeto. O município adquiriu um terreno com 4,5 hectares de área total, que se encontra agora na fase final de elaboração dos projetos de arruamentos e infraestruturas, com os projetos habitacionais já definidos. Está também a ser avaliado o modelo de concurso que vai determinar o processo de candidatura à compra dos imóveis.

Dois lotes deste novo espaço serão destinados a equipamentos sociais. Um será cedido à Santa Casa da Misericórdia de Almeirim para a construção de um lar e o outro está reservado para a futura instalação de um jardim de infância e de uma escola do 1.º ciclo.

O terreno, localizado entre a Rua Condessa da Junqueira e a Rua Moinho de Vento, junto ao Lar de São José, é considerado estratégico para dar resposta à crise habitacional que afeta também o concelho de Almeirim.

Segundo Pedro Ribeiro, as habitações destinam-se a pessoas com rendimentos anuais máximos de 50 mil euros (individuais) ou 75 mil euros (casais). De forma a evitar a especulação imobiliária, está previsto que os imóveis não poderão ser vendidos para outro fim que não habitação própria durante um período de 50 anos.

“Estas casas são efetivamente para a classe média, podendo quem ganha o ordenado mínimo candidatar-se e comprar. É por isso que precisamos de casas muito mais baratas”, referiu.

Para além da habitação, o projeto inclui duas parcelas com cerca de meio hectare cada, que serão atribuídas a Instituições Particulares de Solidariedade Social (IPSS) para a construção de um novo lar de idosos, um jardim de infância e de uma escola do 1.º ciclo, uma resposta há muito reclamada no concelho.

O autarca não adiantou prazos para a conclusão do projeto e sublinhou que, antes disso, é necessário aprovar o regulamento que vai definir os critérios de candidatura e obter o visto do Tribunal de Contas.