“Serei sempre Presidente até ao último dia”

CONTINUIDADE Pedro Ribeiro, 47 anos, foi vice-presidente de Sousa Gomes, que geriu o município entre 1989 e 2013. Neste mandato procura o terceiro triunfo depois de, em 2017, ter conseguido seis eleitos.

O que levou a assumir a candidatura a um terceiro mandato?
Entendo que o trabalho feito ao longo destes oito anos foi bom e há um conjunto de obras, de intervenções e projetos
que temos em curso, que gostava de concluir. Tenho consciência que muito já foi feito, mas há obras estruturantesque, fruto da sua envergadura e muitas vezes da sua complexidade, quer técnica, quer de encontrar fundos para as fazer, mdemoram mais tempo. Há ainda investimentos privados que quero acompanhar e ver crescer.

Avança também porque há ainda promessas por cumprir? IVV, Estádio Municipal, serão apenas dois exemplos…
Não se trata de promessas, mas sim intervenções necessárias e que sempre assumimos que nunca estariam feitas neste mandato. O Multiusos no IVV é um desses casos. Uma obra que vai permitir ter um espaço com mais de 2 mil m2 cobertos para vários eventos, sobretudo feiras temáticas. Em relação ao Estádio, esta obra começou com o Presidente Alfredo Calado. Quando tomei posse, era um campo de terra batida. Hoje há um campo de futebol de 11 relvado, nova iluminação, mais balneários, um campo de futebol de 5. Estamos a terminar as sedes para os clubes, os novos campos de futebol de 7 e um de treino de guarda-redes. Mas também temos o Mercado e a Loja do Cidadão, uma obra estruturante, como também é estruturante terminar a Circular Urbana. Neste momento já só falta lançar concurso para os 2 últimos troços. Nas freguesias, e a título de exemplo, os parques urbanos de Fazendas de Almeirim e de Benfica do Ribatejo são obras também elas estruturantes. Como o é terminar o Parque de Merendas da Raposa. Do ponto de vista empresarial, quero acompanhar a concretização de investimentos de enorme importância para o concelho. A centralização da base logística da Sumol+Compal, em Almeirim, a Fresh 52 e a base logística da Mercadona. São processos que têm muitos anos de trabalho, daquele que muitas vezes não se vê, mas que vão permitir criar muitas centenas de postos de trabalho direto e muitos mais indiretos. São investimentos que vão mudar a economia do concelho.

Que autoavaliação faz dos últimos oito anos?
Faço uma avaliação muito positiva. Temos contas certas e equilibradas. Temos aproveitado, como poucos no país, os fundos comunitários, aproveitando para fazer intervenções estruturantes, como é o investimento nas escolas e na creche. Como foi a mudança da iluminação pública em todo o concelho para Leds. Um investimento com retorno económico e ambiental. Temos conseguido investimentos privados e sediar entidades públicas. Somos reconhecidos por isso, e isso é importante, porque atrás de umas coisas vêm outras. Orgulho-me ainda do trabalho em parceria com entidades públicas e privadas. Remar no mesmo sentido é fundamental para nos desenvolvermos. Não posso esquecer ainda os últimos dois anos de pandemia. Anos muito difíceis em que respondemos de uma forma exemplar na prevenção e agora na vacinação. Tenho, efetivamente, e passo a imodéstia, orgulho no trabalho feito. Há muitas pessoas que não sabem, mas tirando áreas como a eficiência energética e as escolas, os fundos comunitários não são possíveis de utilizar fora da cidade. Ora, para se investir de uma forma global no concelho, é preciso aproveitar esses fundos ao máximo e assim libertar recursos próprios do orçamento municipal para fazer as obras fora da cidade. E para isso, como já disse, ter contas certas e pagar a tempo e horas é fundamental. Nunca houve um período de tanto investimento público como o que aconteceu nestes últimos anos. E isso resulta de uma gestão apertada, que soube antever as oportunidades, que soube planear para ter projetos prontos a apresentar quando surgem as oportunidades. A isto chama-se antecipar o futuro.

Aponta alguns erros, algumas falhas neste último mandato?
Obviamente que há sempre falhas, ninguém é perfeito. Há várias obras e intervenções que gostaríamos que já estivessem ao serviço da população, mas não nos podemos esquecer que 2020 e 2021 foram, e estão a ser, dois anos atípicos.

Ficou surpreendido com as escolhas do PSD/CDS e CDU?
Não tenho de ficar surpreendido com nada. A vida interna de cada partido é da responsabilidade de cada um.

E o aparecimento do CHEGA?
A mesma resposta. Cada partido sabe de si.

O que será um bom resultado?
Um bom resultado é ganhar eleições com maioria.

Acha que a vitória está assegurada já?
Não há vitorias asseguradas, nem antes do tempo. Se quem entende que fizemos um bom trabalho e merecemos continuar não for votar, então outros irão governar durante os próximos quatro anos. É fundamental que, quem acredita em nós, vá votar. Este é um apelo que faço. Perca quinze minutos do seu tempo no domingo, dia 26, e vá votar. Ou então outros decidem por si.

Está a apostar em fazer o pleno no número de vereadores?
Gostava, naturalmente, de continuar com os mesmos vereadores, até porque o número 6 da nossa lista, o António Maximiano é uma pessoa que, sendo eleito, será uma grande mais-valia para a Câmara e para o Concelho. Pretendo que fique com um conjunto de áreas relacionadas com a segurança, trânsito, mobilidade, etc. pelo seu passado e pelos conhecimentos que adquiriu enquanto esteve na GNR. Como ex-comandante do Posto de Almeirim estou certo que é a pessoa indicada para vários assuntos.

Nesta equipa está já o seu sucessor se for eleito?
A escolha do candidato do PS em 2025 será algo a ser definido no tempo certo. No entanto, não antevejo que isso seja um problema.

Se for reeleito fará o mandato todo, ou pode sair a meio para promover a sucessão?
Serei sempre Presidente até ao último dia do mandato. Tenciono cumprir o mandato para que for eleito até ao fim, até outubro de 2025.