“Tenho melhores condições em Almeirim do que tinha no Sporting ou Benfica”

O jornal O Almeirinense falou com Daniel Leandro, o novo rosto da associação 20 Kms. Daniel passou pelo Sporting e pelo Benfica, exerce atualmente funções na federação Portuguesa de atletismo, mas é em Almeirim que se sente confortável em fazer aquilo que mais gosta: Potenciar a formação de jovens atletas, e tornar Almeirim uma referência no atletismo Nacional.

Quais as espectativas que tens para este novo projeto?

Relativamente àquilo que é a minha presença, a minha participação, dizer que o concelho de Almeirim, é o meu concelho.  Embora não sendo almeirinense, foi aqui que eu cresci e vivi grande parte da minha vida, e relativamente ao projeto em si do atletismo, eu abracei este projeto por várias razões: Uma por emancipação pessoal, tinha essa intenção, a curto e médio prazo regressar por motivos pessoais e profissionais; E por outro lado, também a parte do projeto do Atletismo de Almeirim também me fez voltar.  É conhecido por todos que este é um concelho que aposta muito no desporto. Temos uma oferta desportiva bastante diversificada, em termos de formação. E por outro lado, o trabalho que temos vindo a fazer na associação 20 kms de Almeirim tem tido o seu mérito ao longo destes últimos anos. Por tudo isto, senti que fazia sentido voltar, e que havia condições para poder experimentar, desenvolver e implementar conteúdos que eu desenvolvo e trabalho no atletismo.  E, dessa forma, acaba por ter aqui as condições ideais para potenciar essa vertente dos conteúdos formativos dos jovens atletas. E penso que tinha aqui as condições perfeitas para o meu regresso. 

O Daniel também tem um cargo na Federação Portuguesa de Atletismo. Como consegue conjugar estas funções?

Relativamente à federação, eu, neste momento, vou com alguma frequência à Federação. E, para além disso, face ao desenvolvimento do teletrabalho, tenho estado mais em teletrabalho naquilo que são as minhas funções administrativas. E por outro lado, estou, inclusive, muito bem posicionado nessa perspetiva do terreno, ou seja, muitos dos trabalhos que eu realizo, nomeadamente nas associações de Portalegre e Beja, permitem-me estar junto dessas associações e a acompanhar o trabalho que têm vindo a fazer; E depois, outra das principais funções que eu desempenho, é o produzir conteúdos e fotografias para alguns manuais que nós temos de cursos de treinadores. E é mais fácil agilizar esse processo de recolha de imagens e conteúdos aqui em Almeirim do que propriamente em Lisboa, em que a burocracia acaba muito por dificultar o meu trabalho.  

O Daniel já passou pelo Sporting e pelo Benfica. Quais as expectativas que tens para este novo projeto?

Relativamente àquilo que é a minha presença, a minha participação, dizer que o concelho de Almeirim, é o meu concelho. Embora não sendo almeirinense, foi aqui que eu cresci e vivi grande parte da minha vida, e relativamente ao projeto em si do atletismo, eu abracei este projeto por várias razões: Uma por emancipação pessoal, tinha essa intenção, a curto e médio prazo regressar por motivos pessoais e profissionais; E por outro lado, também a parte do projeto do Atletismo de Almeirim também me fez voltar.  É conhecido por todos que este é um concelho que aposta muito no desporto. Temos uma oferta desportiva bastante diversificada, em termos de formação. 

E por outro lado, o trabalho que temos vindo a fazer na associação 20 kms de Almeirim tem tido o seu mérito ao longo destes últimos anos. Por tudo isto, senti que fazia sentido voltar, e que havia condições para poder experimentar, desenvolver e implementar conteúdos que eu desenvolvo e trabalho no atletismo. 

E, dessa forma, acaba por ter aqui as condições ideais para potenciar essa vertente dos conteúdos formativos dos jovens atletas. E penso que tinha aqui as condições perfeitas para o meu regresso. 

O Daniel também tem um cargo na Federação Portuguesa de Atletismo. Como consegue conjugar estas funções?

Relativamente à federação, eu, neste momento, vou com alguma frequência à Federação. E, para além disso, face ao desenvolvimento do teletrabalho, tenho estado mais em teletrabalho naquilo que são as minhas funções administrativas. 

E por outro lado, estou, inclusive, muito bem posicionado nessa perspetiva do terreno, ou seja, muitos dos trabalhos que eu realizo, nomeadamente nas associações de Portalegre e Beja, permitem-me estar junto dessas associações e a acompanhar o trabalho que têm vindo a fazer; E depois, outra das principais funções que eu desempenho, é o produzir conteúdos e fotografias para alguns manuais que nós temos de cursos de treinadores. 

E é mais fácil agilizar esse processo de recolha de imagens e conteúdos aqui em Almeirim do que propriamente em Lisboa, em que a burocracia acaba muito por dificultar o meu trabalho.  

O Daniel já passou pelo Sporting e pelo Benfica. Fale-nos um bocadinho desse tempo em que conseguiu passar por esses dois clubes.

As duas experiências foram bastante distintas, mas foram duas experiências muito positivas e também de construção pessoal. 

Eu desempenhei funções diferentes. No Sporting, tive mais numa perspetiva de treinador a nível de formação, mas sempre com uma relação muito próxima com o coordenador da academia, em que podemos fazer um trabalho que na altura era, de certa forma, pioneiro, e conseguimos marcar ali uma perspetiva de crescimento nas equipas de formação do Sporting de uma forma inegável. 

Depois dessas épocas, e após a pandemia, recebi um convite para assumir funções no Benfica, ao nível da formação do atletismo do Benfica, e acabou por ser um ano diferente, muito limitado e com muitas interrupções, mas ainda assim foi um ano positivo pelo contributo que dei, e pela experiência que retirei no Benfica. 

E como está a funcionar a associação 20 Kms de Almeirim?

Essa pergunta permite-me promover aquilo que estamos a fazer. 

Eu penso que a grande maioria dos pais tem de fazer uma reflexão sobre o contributo do desporto no desenvolvimento dos seus filhos. Por outro lado, lembrar que as crianças que nós temos hoje em dia, são diferentes das crianças que tínhamos há 20 anos atrás. 

E, nesse sentido, as modalidades têm de repensar a oferta que têm para as crianças e jovens. Com isto, o que é que eu quero dizer: Aquilo que tenho assistido, na maioria das modalidades, é que a oferta é muito à imagem daquilo que a modalidade presta para os adultos; Ou seja, o que nós fazemos é uma atividade muito direcionada para a vertente competitiva, mas diminuímos o tempo de jogo, ou as distâncias que se percorre; reduz-se o número de jogadores, e o tamanho das bolas com que se jogam. 

Ora, o atletismo tem vindo, ao longo dos últimos anos, mudar essa visão e essa oferta. Isso porque apostamos em conteúdos que visam o desenvolvimento das crianças. Esta é uma missão que dá resposta às necessidades das crianças, e o nosso foco tem sido nos escalões mais baixos. E, por conseguinte, a nossa aposta é, sem dúvida nenhuma, a formação. Nós pensamos muito sobre a resposta que queremos, podemos e devemos dar no desporto e, nesse caso, são os mais jovens. Neste momento, temos cerca de 800 atletas filiados, mas estou em crer que rapidamente vamos alcançar o número que tem sido hábito nos últimos 10 anos, que são cerca de 100 praticantes de atletismo em Almeirim. 

E relativamente às captações, o que tem sido feito?

Relativamente às captações, para já ainda só estamos a fazer numa perspetiva de passar a mensagem. Ou seja, estamos nas redes sociais, mas a médio prazo temos a intenção de voltar a atuar numa perspetiva da proximidade que temos vindo a ter com o concelho; a ideia é tentarmos criar algumas sinergias com os diferentes agrupamentos escolares daqui do concelho, e nessa perspetiva estamos a tentar criar algumas atividades de formação e proximidade com os professores de educação física.

Nós queremos que a presença do atletismo na escola seja diferente. Seja diferente no sentido em que os miúdos não vejam o atletismo como uma modalidade difícil, aborrecida, exigente. Tem outras valências divertidas para as crianças e jovens. 

E quais são as condições que neste momento oferecem? Houve uma renovação da própria pista. Melhorou bastante em relação àquilo que tínhamos?

Muito objetivamente posso dizer que essa é uma das razões que contribuem para a minha motivação neste projeto. Comparativamente com as condições que eu tinha em Lisboa, no Benfica e no Sporting, posso garantir que tenho muito melhores condições de trabalho em Almeirim do que tinha em Lisboa. Nós temos uma pista renovada de última geração, uma pista com muita qualidade. Temos também um apoio para essa mesma pista, neste caso, um ginásio, que presta apoio ao trabalho complementar que fazemos com os atletas. E também fruto da necessidade de dar uma resposta a uma área especifica que fazemos no atletismo, temos um setor de lançamentos, junto ao estádio municipal, e é um espaço muito virado para o treino, e é uma das características que tem vindo a faltar a nível nacional, em que a maior parte dos espaços desportivos são muito virados para as molduras competitivas, e essa é uma crítica que eu tenho vindo a fazer ao longo dos anos. 

E tenho sentido que tem havido ajuda da parte da autarquia para esta ideia. Ainda há bem pouco tempo, nomeadamente na época passada, troquei algumas ideias com o vereador da câmara de Almeirim, sobre algumas coisas que estavam a ser feitas e algumas coisas que podem ainda ser feitas, e acho que é fundamental que as pessoas que decidem oiçam os técnicos e as pessoas que, efetivamente, estão a dar resposta. 

E que provas poderemos vir a ter em breve? 

Nesse aspeto, queria realçar a nossa participação em termos de competições, e por outro lado a nossa dinâmica de organização de eventos. 

Nós vamo-nos centrar fundamentalmente no calendário competitivo da nossa associação de Atletismo, que é Santarém. E vamos ter, mais uma vez, uma participação muito assídua e numerosa relativamente às atividades de formação. E, nesse sentido, queremos criar um quadro competitivo direcionado para as crianças e jovens. 

Nós vamos, em Almeirim, organizar atividades, não só na dinâmica de projetos, mas também na dinâmica de organização de eventos de pista,  para os escalões de iniciados e juvenis, em que vamos fazer dinâmicas de competição, com alguma frequência. Ainda não estão agendadas essas atividades, mas temos algumas no programa da associação que pretendemos que sejam realizadas aqui em Almeirim, e vamos trabalhar nesse sentido. Genericamente, em termos de projetos, a característica que nos define é a competição competitiva.

Tendo em conta o seu percurso e experiência, qual é o seu principal objetivo?

O meu principal objetivo é criar um projeto diferente em Almeirim. Um projeto de referência a nível da formação de jovens e podermos minimizar as consequências nefastas da alteração dos padrões habituais que temos vindo a assistir na comunidade mais jovem. E também quero formar atletas que cheguem a patamares internacionais

Júlio Rendeiro e Filipe Rego