No início de dezembro discutiu-se o Orçamento para 2025 da responsabilidade da autarquia na reunião da Assembleia Municipal. Este é um documento estratégico e de natureza política que reflete as opções de quem tem o poder para executar as mesmas, cabendo-nos a nós, eleitos neste órgão, analisar e fiscalizar as atividades a realizar, caso tenhamos a informação necessária.
Da análise feita, destacamos como preocupação da CDU o facto de a autarquia assumir vários encargos nas áreas Social, Saúde e Educação, como resultado da desresponsabilização do Governo, que empurrou para o poder local as suas competências, sem se garantir vários passos, como por exemplo os devidos envelopes financeiros, pelo que nos opusemos desde o início a estes processos.
Consideramos que é um Orçamento pouco esclarecedor nas notas introdutórias apresentadas, sendo necessário esmiuçar a restante informação para encontrar as ações a executar. Continua a verificar-se uma diferença substancial nos apoios às coletividades, levando o Desporto a maior fatia em relação às culturais e sociais. Na nossa opinião, continua-se a fazer da Cultura um mero espetáculo, onde as “Festas da Cidade” têm um aumento de cerca do dobro em relação ao ano anterior, não sobrando para intervir noutro património do concelho como o Pórtico em Paço dos Negros ou a Fonte de São Roque.
Na proteção do meio ambiente e conservação da Natureza surgem algumas verbas para Parques e Zonas Verdes, como o Parque de Merendas da Raposa com 116 mil euros e que foi intervencionado há cerca de 2 anos. No entanto, nada é referido sobre a Vala Real, cujo estado de degradação é calamitoso, o que lamentamos profundamente.
Sónia Colaço – CDU Almeirim