Inesperadamente e sem que a grande maioria dos portugueses as desejassem, vamos ter eleições para a Assembleia da República no próximo dia 18 de maio.
Também o Partido Socialista não desejou esta crise política, tendo-o demonstrado nas várias ocasiões em que foi o garante da governabilidade. Luís Montenegro e o PSD são os únicos responsáveis por esta crise, aliás como o primeiro-ministro publicamente o afirmou num canal televisivo, dizendo que preferia ir para as eleições, a ter de responder às perguntas incómodas sobre a sua atividade empresarial. Montenegro disse também, noutra altura, que fez “o que qualquer outro português faria”, esquecendo o óbvio: o primeiro-ministro não é um português qualquer.
Mas, para o PS, estas eleições não serão só para escrutinar a falta de esclarecimentos, de ética e de sentido de estado do atual chefe do governo, mas também serão sobre isso, porque foram elas a causa desta crise evitável.
Para o PS é importante falar daquilo que realmente interessa aos portugueses e às famílias, como, por exemplo, do estado caótico e deplorável que se instalou no Serviço Nacional de Saúde e do processo de destruição que o ameaça, ou da falta de soluções para o grave problema habitacional, assuntos que afetam centenas de milhares de portugueses e para os quais o governo da AD não encontrou soluções – e as que tomou, não só não melhoraram, como, em vários casos, só pioraram –, apesar da folga das contas públicas que herdou.
Num cenário internacional tão incerto e inseguro, esta evitável crise governativa só demonstra a grande irresponsabilidade dos dirigentes da AD, em especial de Luís Montenegro.
Gustavo Costa – PS Almeirim