Todos os projectos têm o seu tempo de execução, desde a ideia até à sua concretização, podendo ser mais ou menos longos, com mais ou menos atrasos, mas não devem ser perlongados por capricho ou demonstração de “poder”. Claro que os custos também têm a sua cota parte de influência, mas terá de ser sempre ponderado com atempadamente, para evitar mais custos ao contribuinte.
No nosso concelho, temos visto diversas obras em que o factor comum é quase sempre o mesmo, “o ego de alguém”, fazendo com que se perpetuem no tempo. Tivemos e ainda temos obras com o seu início há largos anos, isto teve e tem custos para as populações das diversas localidades, bairros e ruas. Em diversas situações, é demais evidente a falta de atenção para com as pessoas, os seus bens, os seus negócios e a sua saúde, seja ela física ou mental. É penoso viver com passeios, ruas, estradas, infra-estruturas básicas, por arranjar, reparar ou corrigir, durante meses, anos e até décadas. Mas está tudo bem desde que, uma rotunda esteja com flores e não se olhe para os arruamentos que os prédios envolventes tapam. Que se avance, mais um bocado numa obra, mas não se olhe para rotundas com cabos eléctricos expostos, por falta de reparação das iluminações, está tudo bem. Ou que se coloque um toldo para “substituir” a sombra de uma árvore no cemitério de Almeirim, mas não se repõem cedros que ajudavam a diminuir a temperatura e os ventos no inverno, ou tampas partidas nos passeios (há vários anos), colocando em perigo os pedestres, está tudo bem.
Se quanto Presidente de Junta, não teve capacidade para resolver estes “pequenos” temas, então como será noutro lugar!?
É para as pessoas que se deve trabalhar, não para o umbigo de alguns!
João Vinagre – CDS Almeirim