O concelho de Almeirim está incluído numa área de proteção definida pela Direção-Geral de Alimentação e Veterinária (DGAV), após a deteção de um foco de gripe aviária de alta patogenicidade (H5N1) na localidade da Murta, freguesia de Parreira e Chouto, concelho da Chamusca, junto ao limite com o concelho de Almeirim.
De acordo com o edital publicado pela DGAV, a zona de proteção, que abrange um raio de três quilómetros em redor do foco, inclui as freguesias de Fazendas de Almeirim e Raposa, no concelho de Almeirim, bem como Parreira e Chouto e Vale de Cavalos, no concelho da Chamusca.
A zona de vigilância, que se estende até aos dez quilómetros, abrange as freguesias de Almeirim, Fazendas de Almeirim e Raposa, Alpiarça, Chamusca, Parreira e Chouto, Vale de Cavalos e São José da Lamarosa, no concelho de Coruche.
As medidas restritivas entraram em vigor a 4 de novembro e deverão manter-se até 9 de novembro, com proibições à circulação de aves, ovos e carne fresca, bem como a suspensão de feiras, mercados, exposições e outros ajuntamentos de aves nas zonas abrangidas.
A DGAV determinou ainda a proibição temporária do repovoamento de espécies cinegéticas e a circulação de subprodutos animais provenientes das áreas em restrição, permitindo exceções apenas para produtos tratados termicamente ou mediante autorização expressa da autoridade veterinária.
A gripe aviária é uma doença infeciosa viral que afeta aves selvagens e domésticas, podendo apresentar-se em formas de baixa ou alta patogenicidade. Os vírus de alta patogenicidade provocam mortalidade muito elevada e têm forte impacto na produção avícola, levando à suspensão da comercialização e exportação de aves vivas e seus produtos nas zonas afetadas.
Desde o início de 2025, Portugal registou 31 focos de gripe aviária de alta patogenicidade, 30 do subtipo H5N1 e um do subtipo H7. Os mais recentes foram identificados numa exposição de aves em Oliveira do Bairro (Aveiro) e no estabelecimento de aves em cativeiro da Murta, Chamusca.
A DGAV apela à colaboração dos produtores e criadores de aves na aplicação das medidas de biossegurança e na comunicação imediata de qualquer suspeita de doença, reforçando que o cumprimento rigoroso das restrições é essencial para travar a propagação do vírus.












