Uma jovem de 25 anos, residente em Almeirim, entrou em trabalho de parto no Hospital de Leiria na noite de domingo, 9 de novembro, depois de ter recebido alta médica durante o dia, apesar de se encontrar com 39 semanas de gestação e contrações regulares.
Segundo avança o Correio da Manhã, a situação gerou preocupação na família, que recusou a deslocação da jovem por meios próprios até casa, a cerca de 103 quilómetros de distância. “A minha filha estava com contrações de três em três minutos. Não havia condições para uma viagem tão longa”, afirmou à mesma fonte o pai da jovem, Jorge Cunha.
De acordo com o mesmo jornal, a futura mãe começou a sentir contrações pelas 20h00 de domingo, dia 9 de novembro, e contactou o SNS 24, que encaminhou o caso para os Bombeiros Voluntários de Almeirim. Os bombeiros receberam inicialmente indicação para transportar a grávida para o Hospital das Caldas da Rainha, mas, à chegada, a urgência de ginecologia e obstetrícia encontrava-se encerrada.
Perante a indisponibilidade do serviço, foi determinado o encaminhamento para o Hospital de Santo André, em Leiria. Devido ao estado clínico da utente, o transporte passou a ser acompanhado por uma Viatura Médica de Emergência e Reanimação (VMER).
A jovem foi internada em Leiria, onde passou a noite sob vigilância médica. Na manhã de segunda-feira, dia 10 de novembro, foi informada de que teria alta hospitalar e que o regresso a Almeirim deveria ser feito em viatura própria. A família contestou a decisão e considerou que a situação clínica da grávida não permitia a viagem.
Durante a tarde, a jovem permaneceu no hospital, onde acabou por sofrer a rotura da bolsa de águas e entrar em trabalho de parto. O nascimento ocorreu ao final da noite, no próprio Hospital de Leiria.
Contactada pelo Correio da Manhã, a administração do Centro Hospitalar de Leiria garantiu ter seguido todos os procedimentos clínicos adequados. A instituição explicou ainda que a utente foi readmitida após apresentar “nova sintomatologia” e permaneceu “em observação clínica contínua, com vigilância obstétrica permanente”.












