João Duarte, jovem piloto ribatejano da Honda, tornou-se em 2025 o primeiro campeão nacional júnior da história do Todo-o-Terreno.
O escalão foi, pela primeira vez, integrado oficialmente no Campeonato Nacional, e o título acabou por sorrir ao piloto que já em 2023 havia vencido esta categoria, embora na altura apenas sob a forma de troféu nacional. Agora, com estatuto oficial, o ribatejano escreveu o seu nome na história da modalidade.
Em declarações ao O Almeirinense, João Duarte falou do significado deste título, dos sacrifícios que marcam a vida de um atleta do Todo-o-Terreno e das metas que traça para o futuro.
Para o jovem piloto, conquistar este campeonato “tem um significado muito importante” e recorda que começou na modalidade em 2020 e que desde então alimentava a ambição de se sagrar campeão nacional.
“Faltava sempre um bocadinho. Em 2023 venci esta mesma classe de juniores, mas apenas em formato de troféu. Este ano consegui finalmente o tão esperado título”, sublinha.
João Duarte faz questão de destacar o papel da equipa e da família: “Sem eles nada disto teria sido possível”.
Sobre os sacrifícios exigidos pela modalidade, João Duarte é claro: o custo financeiro pesa e muito.
“É um desporto muito caro. Sem apoios não é fácil. Tenho de agradecer aos patrocinadores e à minha equipa”.
A preparação física é outro desafio constante: “É preciso muita resistência. As corridas têm etapas de 150 km ou mais, é preciso estar muito bem preparado”.
Entre todas as provas da temporada, há uma que ficará para sempre na memória: a mítica Baja Portalegre 500.
“É sempre a mais esperada do ano. O percurso, o público, o espírito… é a rainha das provas do TT”, afirma, lembrando os cerca de 300 quilómetros de competição e a presença constante de milhares de adeptos ao longo do trajeto.
Quanto ao futuro, João Duarte quer continuar a crescer no campeonato absoluto e nas classes em que compete: “Quero lutar por lugares mais cimeiros na geral e também nas classes de Juniores e TT3”.
Corre atualmente com uma Honda CRF490RX preparada pela Team Offroad Center Bianchi Prata.
No final, deixa os agradecimentos: “Aos meus pais, à minha namorada, à minha equipa, ao chefe de equipa Pedro Bianchi Prata e a todos os que me apoiaram. Sem eles, nada disto teria acontecido”.
O jovem campeão fecha assim um ano que ficará marcado como um momento histórico para si e para o Todo-o-Terreno nacional.













