Fundação Portuguesa do Pulmão promove campanha de rastreios à Doença Pulmonar Obstrutiva Crónica

A Grande Marcha da DPOC é a mais recente campanha de rastreios, a nível nacional, lançada pela Fundação Portuguesa do Pulmão à Doença Pulmonar Obstrutiva Crónica (DPOC). Santarém, nomeadamente, na Delegação de S. Salvador – Rua Cidade D’Agen, 83 – Jardim de Baixo, é onde se irá realizar estes estes rastreios, nos dias 20,21 e 22 de junho, das 09h-12h30 e das 13h30-17h00. Saiba mais aqui.

Esta ação de rastreio espirométrico, exame que não é comum realizar-se nas consultas de rotina, tem como público-alvo fumadores e ex-fumadores com uma carga tabágica de 10 unidades maço/ano, o que corresponde a fumar 1 maço por dia durante 10 anos, que apresentem ou não sintomas de dificuldade respiratória, tosse, falta de ar (especialmente durante as atividades físicas), chiadeira no peito, aperto no peito e tosse crónica produtiva, mas sem diagnóstico de doença. Em 2018, as doenças respiratórias foram responsáveis por 13.305 (11,7%) óbitos em Portugal (1), onde a DPOC representou 2,5% da mortalidade em Portugal (com um aumento de 7,9% face a 2017) (1). É ainda de salientar que as doenças respiratórias mataram cerca de 36 pessoas por dia, em 2021, sendo que 90% das mesmas se devem ao consumo de tabaco, refere o Prof. Doutor José Alves.

A espirometria é um exame não invasivo que permite avaliar o funcionamento dos pulmões e dos brônquios e a sua realização demora cerca de dez minutos. Os resultados das espirometrias realizadas serão enviados para a Clínica do Pulmão onde serão analisados por médicos pneumologistas.

No caso de diagnóstico de DPOC, os doentes poderão agendar uma consulta gratuita na Clínica do Pulmão, se assim o desejarem.

Segundo o Presidente da Fundação Portuguesa do Pulmão, “diagnosticar a DPOC de forma precoce permite que se inicie um tratamento adequado, evitando a progressão natural da doença. A Fundação Portuguesa do Pulmão sente o dever de trabalhar a este nível para alterar a epidemiologia da DPOC, alterando a mortalidade e morbilidade inerentes.”

A Fundação Portuguesa do Pulmão é uma organização, sem fins lucrativos e de solidariedade social, instituída no dia 15 de junho de 2009. Os seus fundadores são a Associação Nacional de Tuberculose e Doenças Respiratórias e um conjunto de personalidades preocupadas com a repercussão social das doenças respiratórias, que no seu conjunto são uma das principais causas de morbilidade, incapacidade de longa duração e mortalidade.

A doença pulmonar obstrutiva crónica (DPOC) é uma doença pulmonar comum, prevenível e tratável que é caracterizada por persistência de sintomas respiratórios associados a obstrução do fluxo de ar aos pulmões. Os sintomas incluem: dificuldade respiratória, tosse, produção de muco (expetoração) e sibilos. A principal causa de DPOC nos países desenvolvidos é o tabagismo. Pode ser também causada pela exposição a longo prazo a gases irritantes, produtos químicos poluentes ou a fumo passivo. O diagnóstico é feito através de espirometria, um exame simples que mede o fluxo de ar nos pulmões.