Cecometal cria novo espaço comercial

A Cecometal vai abrir um novo espaço em Santarém, a terceira loja de grande dimensão. A propósito desta novidade, O Almeirinense foi saber como nasceu a ideia de crescer de uma pequena loja no centro da cidade, até às de maior dimensão em Almeirim, Chamusca e agora em Santarém. Hélder Fernandes (ao centro na foto), gerente, explica todo o processo de crescimento.

O que é que vos fez mudar para este local?

As lojas do tipo tradicional, ou consideradas tradicionais, têm vindo a perder atratividade, não só aqui no Ribatejo, mas também a nível nacional. Os clientes têm-se deslocalizado para lojas do tipo livre serviço. O setor alimentar abriu o jogo há muito mais anos e depois começaram a deslocar-se para outras áreas de atividade. No nosso setor, é a mesma coisa, os Bricomarché, os Leroy Merlin, os Aki, etc, vieram também potenciar o desejo e a vontade das pessoas frequentarem essas novas lojas. Nós fizemos uma primeira experiência na Chamusca há oito/nove anos com uma loja desse tipo, localizada na Zona Industrial da Vila e, obviamente, que obedece a este conceito. Com facilidades de carga e descarga, de estacionamento, de circulação das pessoas dentro da loja, etc… E os resultados foram bastante agradáveis. A adesão da população a esse tipo de conceito, sendo a Chamusca um concelho com uma população mais idosa, que tem mais dificuldade em fazer adaptações deste tipo e também com menor poder de compra, as pessoas aderiram. Aquilo que vínhamos a verificar em Almeirim era uma coisa muito parecida. O centro da cidade está morto, não há hipótese. Está morto para a componente comercial e está morto para a componente habitacional. A população quase abandonou a cidade, basta ver que ela foi tomada, em larga medida, por pessoas com baixo poder de compra que vêm do estrangeiro e o próprio comércio é de portas fechadas, neste momento, mais que de portas abertas. Nós tínhamos duas alternativas, ou nos deslocalizavamos para zonas que cumpriam os novos requisitos comerciais, ou então teríamos de fechar mais tarde ou mais cedo, não havia muita alternativa. Portanto, optamos pela primeira. Já há alguns anos que andávamos à procura de um edifício que cumprisse os requisitos que desejávamos, com uma boa localização. E apareceu este edifício e acabamos por fazer o investimento. Rapidamente, aconteceu aquilo que nós estávamos à espera. As pessoas deslocaram-se do centro da cidade para a nossa loja na Zona Industrial. Esta loja, hoje, está consolidada e estabilizada em termos comerciais. O que também se assiste hoje em dia é a necessidade das empresas terem alguma dimensão. As empresas, para conseguirem lutar e estabilizar a sua situação no mercado, precisam de dimensão. Se não tiverem dimensão dificilmente conseguem encontrar bons parceiros de negócio, bons preços, boas condições de pagamento. É muito difícil e também, dificilmente, conseguem diluir os custos de funcionamento com um negócio baixo. As empresas precisam de um volume de negócios alto, maior, para conseguirem integrar-se em cadeias logísticas interessantes, porque senão o que acontece? Não tem esse volume de negócios e os seus fornecedores escolhem outros parceiros para integrar as suas cadeias de logística. Ao escolherem outros parceiros, estas empresas ficam mais para trás. Como temos essa necessidade, é quase uma necessidade de sobrevivência a prazo, acabamos por decidir abrir em Santarém também. Vamos abrir brevemente uma loja do mesmo tipo desta aqui em Almeirim, que também tem a lógica do livre serviço, está em zona industrial e com estacionamento. No fundo, é aquilo que o mercado deseja hoje em dia.

Mesmo assim mantém a loja no centro da cidade de Almeirim!?

Mantenho, por uma razão simples. Não quero contribuir para tornar o centro ainda mais deserto do que aquilo que ele é. São negócios que não são rentáveis. Se olharmos para eles, exclusivamente numa lógica de rentabilidade, não vale a pena. Nem dá para comer, nem dá para o tacho como se costuma dizer… Não dá para nada…

Então é mais por uma questão de imagem?

É também por uma questão de imagem. Já quase tudo fechou por ali e a loja é quase uma espécie de serviço público. Há pessoas, apesar de tudo, com alguma idade, que precisam de umas “coisitas”, mas que têm dificuldade de mobilidade. Enquanto aquela loja for dando para as despesas, não queremos contribuir para uma ainda maior desertificação do centro da cidade, em termos comerciais.

Essa primeira loja está aberta há quantos anos?

A empresa faz, no próximo ano, 70 anos de existência em Almeirim.

O que é que distingue a Cecometal das outras lojas?

Nós desenvolvemos o negócio em três pilares. Nós procuramos uma oferta alargada de produtos, isso é uma decisão que optamos por ter. Procuramos produtos com uma relação qualidade-preço adaptada aos mercados em que estamos inseridos, procurando dar valor ao cliente. O cliente, quando compra aquele produto sabe, ou devia saber, que relativamente ao preço que está a pagar, o produto tem um valor muito interessante. E depois, nós apostamos desde sempre em ter uma equipa capaz de dar assistência técnica ao cliente, portanto ser capaz de aconselhar o cliente. Repare que, é sabido que neste tipo de atividade, 90 por cento das coisas que correm mal são provocadas por duas coisas: Primeiro, uma má escolha do produto. O produto foi escolhido e não é adequado ao fim em causa. Em segundo, uma má aplicação do produto. As pessoas aplicam-no incorretamente. Essas duas causas compete-nos a nós ajudar que o cliente as minimize, dando informação sobre o produto adequado para o fim pretendido e dar-lhe alguma informação sobre como e deve usar, visto que estamos numa zona em que as pessoas ainda gostam de fazer muitas das suas pequenas obras. Isto é o que nós temos tentado fazer ao longo do tempo, que é dar uma gama alargada de produtos, um preço competitivo e um aconselhamento técnico ao cliente para que se reduzam os erros e a probabilidade de cometer erros na aplicação do mesmo. Obviamente que isto só é viável se tivermos equipas empenhadas e que se mantenham durante muito tempo na empresa, porque senão o conhecimento está sempre a ir e a voltar, e isso torna tudo mais difícil.

Que podemos encontrar na Cecometal?

Praticamente todo o tipo de produtos que as pessoas procuram para fazer bricolagem em casa e mesmo para profissionais, desde material de canalização, tintas, vernizes, pintura, torneiras, material para jardim, mangueiras, parafusos, vedações, redes, material para a agricultura, peças de substituição, silicones, colas, material para serralheria, ferro, aço, inox, soldadura, máquinas de soldar, máquinas elétricas… são gamas muito, muito, muito alargadas. Somos muito transversais e temos uma imensidão de produtos. Temos quase tudo e mais alguma coisa.

A concorrência não assusta?

Não! Temos de ser competentes e capazes naquilo que fazemos. Se o formos, até lhe digo que a concorrência é sempre boa. Obriga-nos a ser melhores. Uma concorrência eficaz é sempre bem-vinda e obriga a ser melhor. De alguma forma, nós também os obrigamos a ser melhores. Obviamente, se tivermos duas ou três empresas muito boas, localizadas próximas umas das outras, elas funcionam como um atrativo tão grande sobre o mercado, que quem está fora desse pólo, é que fica mal. Nós temos aqui a Agriloja perto, que em muitas áreas de atividade, é muito poderosa, mas para nós é bom. E acho que para eles também deve ser nós estarmos aqui, porque acaba por ser mau para quem não está perto. Também temos a Borrego Leonor e Irmão, em outras áreas. Estamos aqui num pólo, em Almeirim, em que estão empresas fortes, poderosas, profissionais, fortemente profissionais, e acho que isso é bom para todos.

Tem alguma mensagem que queria deixar aos amigos e clientes?

Aquilo que posso dizer é que estamos imensamente gratos por eles se manterem fiéis à empresa e a empresa, obviamente, fará tudo aquilo que estiver ao seu alcance para merecer essa confiança dos clientes e amigos.   

Horários:

Estamos abertos das 9h00 às 19h00, com período de almoço entre as 13h00 e as 14h30 ou 13h00 e as 15h00, dependendo da loja. Ao sábado, das 9h00 às 13h00.