2021

Nunca um ano novo foi tão desejado. Depois do deprimente ano
findo, este novo será o de todas as esperanças, num mundo que necessariamente terá de mudar por força da pandemia. A covid-19 é o novo paradigma da globalização, por ter exposto a nossa dependência planetária. O mal de uns é o mal de todos, ficou provado. Esperamos que o bem seja igualmente universal.

Desejos para 2021? Que, em todo o mundo, a ciência nos liberte das
amarras deste e qualquer outro coronavírus; que voltemos ao normal da convivência e dos afetos; que todas as mortes e lágrimas não
tenham sido em vão e surja uma sociedade melhor, mais humana,
mais solidária e mais empenhada no compromisso que temos para
com o ambiente e a natureza.

Em Portugal teremos dois momentos muito importantes, nos quais
os democratas, no seu todo, terão de mostrar, de forma inequívoca,
se estão à altura de defender os seus princípios ou se irão permitir que movimentos oportunistas obtenham a relevância que não
merecem para a sua luta contra a democracia.

O primeiro momento, já em breve, serão as eleições presidenciais,
onde estará em causa a escolha de um candidato completamente
empenhado com a defesa da democracia, do humanismo e na luta pela melhoria das instituições.

O outro, mais para o fim do ano, acontecerá com as eleições autárquicas, altura de as populações fazerem o balanço da governação de quem localmente os dirigiu nos últimos quatro anos, mas, em especial, das propostas de futuro que se apresentem para os seus concelhos.
Que 2021, quando findar, nos deixe mais otimistas e crentes na
humanidade.

Gustavo Costa
PS Almeirim

Artigo de opinião na edição impressa de 1 de janeiro de 2021