Manuel Bastos Martins: “A única certeza que tenho, é que a política ativa para mim, termina no final deste mandato”

SURPRESA Muitos não queriam acreditar quando o nosso jornal adiantou que o antigo candidato pelo PS, iria agora assumir uma candidatura pelo PSD/CDS. Depois de críticas corrosivas, agora é tempo de conhecer algumas ideias para a freguesia de Fazendas.

O que o levou a candidatar-se à Freguesia de Fazendas depois de há oito anos ter participado na sua própria sucessão?
Acompanhei a gestão do João do Rossindo nestes últimos quatro anos, e vi que a minha freguesia estava estagnada, a regredir e a perder completamente a sua autonomia. Quem manda e mal, na freguesia das Fazendas é Pedro Ribeiro. Por razões que desconheço, o João insultou e ameaçou o Pedro Ribeiro, com termos que pessoas minimamente educadas jamais utilizariam. O Pedro Ribeiro e o Gustavo Costa, pediram-me para falarmos, porque não queriam resolver o problema das Fazendas sem me ouvirem.
Disse-lhes o mesmo que em 2017, “o João enganou-me e eu disse-vos que era bom rapaz, mas como Presidente de Junta, foi o pior desde o 25 de Abril”. O Pedro e o Gustavo, foram unânimes em afirmar o mesmo, o João não serve para Presidente. Disse ao Pedro que devia falar com o Rui Da Neta e justificar-lhe porque é que ele era o seu candidato e agora deixou de ser, e perguntei-lhe se eu também não servia para Presidente. Dei-lhes como prazo limite, o fim de Maio, para me responder e avisei-o que, caso não o fizesse, eu iria avançar como independente. Com estranheza minha, o Pedro já tinha convidado o Zé Manel e a resposta deste foi não. Falei com o Zé Manel que me confirmou o convite e justificou-me porque não era candidato. Como não gosto de garotos mentirosos, decidi avançar com uma lista de independentes.
Liguei ao Engenheiro Nuno Fazenda, para saber se o PSD tinha alguma lista, e este respondeu-me que não conseguiram formar nenhuma lista e que não se metia mais na política. Eu disse-lhe que ia avançar com uma lista de independentes. Curiosamente, uns dias depois, e quando eu já tinha a lista quase constituída, o Engenheiro telefonou-me, a dizer que o PSD decidiu apoiar-me, o que agradeci e continuei os meus contatos. Oito dias depois, o Engenheiro voltou a telefonar-me, a dizer que o CDS também me apoiava. Na minha lista tenho, três elementos que votavam CDS, quatro que votavam PSD, três sem qualquer simpatia por qualquer partido e 8 ex militantes ou simpatizantes do PS. Que fique claro, que eu não entrei em nenhuma lista como independente, nem pertenço a nenhum partido político. O único partido que fui militante foi o PS. Quero corrigir a vossa notícia. “Pedro Ribeiro aposta da continuidade”. Nada mais falso. Pedro Ribeiro foi forçado a apostar na continuidade, porque os convidados não aceitaram o seu convite.
Veja-se o caso do João Do Rossindo, depois de se degladiarem, foi obrigado a indicá-lo como candidato, por não ter mais ninguém. O Pedro e o João são farinha dos mesmo saco, não têm um pingo de vergonha, são dois ingratos, ei-los de novo amigos, por quanto tempo?

Que balanço faz do último mandato de João Rossindo?
Muito negativo, o que fez foi muito pouco e muito mal feito. Dou-lhe como exemplo os trabalhos na Herdade dos Gagos, com máquinas em meados de julho, com temperaturas de 40 graus, a arranjar os aceiros, o que mostra a ignorância e a irresponsabilidade do Presidente.

A que se propõe nos próximos anos?
A minha primeira preocupação, são as pessoas. Voltarei a fazer passeios dos idosos, encontro anual e saber das necessidades de cada um. Irei pedir mais um multibanco para as Fazendas, colocar na Escola de S. José, os serviços da Junta, a estação dos Correios e a Loja do Cidadão, pelo menos. Limpar a barragem dos Gagos, para termos um reservatório de água, uma vez que está no meio de uma vasta floresta e permitindo a pesca desportiva. Fazer, em Marianos, um parque de merendas e demais obras que constam no meu programa. Eu prometo e cumpro.

A grande novidade é a candidatura do CHEGA. Ficou surpreendido com a candidatura?
Não. Todos os partidos têm direito a concorrer.

O que será um bom resultado?
Vencer as eleições como espero, porque os eleitores vão votar nas pessoas, e eu sou o único candidato com provas dadas e que deixei obra feita, tanto na Junta, como no Agrupamento de Escolas. Voltar a governar a freguesia, que está à deriva, porque eu serei um Presidente presente, dinâmico, que se levanta cedo e que está sempre disponível para atender os fregueses e resolver os seus problemas, apesar de não receber ordenado.

Este é o último mandato de João Rossindo. A candidatura do PSD/CDS Também é a pensar daqui a quatro anos?
O futuro a Deus pertence, a única certeza que tenho, é que a política ativa para mim, termina no final deste mandato. Desde os 16 anos até aos 79, se lá chegar, na vida política, é muito tempo.