A educação

No mês de maio estão a decorrer as provas de aferição dos alunos do 2.º. 5.º e 8.º ano, pela primeira vez em formato digital, estando previsto alargar a medida às provas nacionais do 9.º ano, no verão de 2024, e em 2025 aos exames nacionais do secundário.

Esta tentação de fazer tudo em formato digital tem consequências na educação das crianças. Há diversos estudos que vêm contestar a educação digital. Esta já existia, mas reforçou a sua importância e uso devido à pandemia. A questão é como se reflete nas crianças o facto de aprender exclusivamente em digital.

Embora os meios digitais como o vídeo e o áudio tenham lugar nas salas de aula, fornecendo informações e contexto para diversos assuntos, a impressão em papel oferece um grande número de vantagens para a aprendizagem:

– Ajudam a recordar detalhes, como eventos e onde esses eventos ocorreram; – Melhor compreensão – há estudos que demonstram que os alunos têm melhores notas se lerem as matérias em papel; – Permite uma maior abstração mental.

Em vários estudos verificou-se também que há uma preferência pelo papel pela maioria dos alunos que se conseguem concentrar melhor quando leêm livros impressos.

Quando se utiliza o papel, muitas vezes, as pessoas vinculam a memória do que leram ao início do livro ou à posição da página, no entanto, uma das principais razões pelas quais a impressão continua a ser melhor para a educação prende-se com a questão do aumento da concentração.

Quando se compara o potencial duradouro da impressão para fornecer inspiração e perceção com as distrações dos conteúdos on-line e a tentação de realizar multitarefas, a impressão deve ter um lugar permanente no currículo.

Apesar destas evidências o Governo insiste numa solução sem sentido e sem ter condições de a implementar condignamente pois a maioria dos alunos não conseguiu terminar a provas de aferição a tempo devido a problemas técnicos.

João Lopes – PSD Almeirim