Partido Comunista Português

Continua a saga vergonhosa do PCP e dos seus camaradas ao não se conseguirem demarcar de uma vez por todas do passado e presente negro do verdadeiro comunismo.

Da última vez falei da falta de coragem do PCP em se separar dos seus homólogos russos, sendo incapazes de admitir as atrocidades cometidas na Ucrânia, culpando os Estados Unidos pelo conflito e criticando o parlamento português por ouvir o presidente ucraniano.Hoje, infelizmente, falo sobre o escândalo ocorrido na Câmara Municipal de Setúbal, gerida por comunistas. Na última semana, chegaram denúncias de que o apoio aos refugiados ucranianos organizado pela Câmara de Setúbal estava a ser feito, espante-se, por russos com afinidade ao regime de Putin. Uma destas pessoas, em 2014, presidia o Conselho Coordenador de Compatriotas Russos em Portugal, tendo nessa altura denunciado a existência de refugiados “radicais” ucranianos a viver em Portugal ao Ministério de Negócios Estrangeiros da Rússia. As imprensas nacionais e internacionais não deixaram passar em branco este escândalo político e humanitário. Houve até quem se questionasse como é que um partido comunista ainda existe em Portugal. Mesmo enquanto militante do CDS, podia argumentar a favor da existência do PCP no que diz respeito à luta pelos direitos dos trabalhadores, mas escândalo após escândalo não posso deixar de imaginar o quão miseráveis seriam as nossas vidas se não tivesse existido o 25 de Novembro depois do 25 de Abril. Apesar do CDS não estar hoje representado na Assembleia da República, continuará a ser representado pelos seus militantes que nunca terão vergonha de assumirem a sua cor política, coisa que um militante do PCP com consciência e discernimento talvez tenha dificuldade em fazê-lo.

Artigo de João Rosa, CDS Almeirim