Pedro Ribeiro satisfeito com disponibilidade do ministro da saúde para discutir problemas da região

O ministro da Saúde, Manuel Pizarro, esteve reunido na terça-feira, 7 de março, ao fim da tarde com os autarcas da região da Lezíria do Tejo, na sede Comunidade Intermunicipal da Lezíria do Tejo (CIMLT).

Esta reunião serviu para que os autarcas comunicassem ao governante as preocupações, referentes aos oito concelhos do distrito de Santarém da área de abrangência do Hospital de Santarém, como a falta de médicos naquela unidade hospitalar, a falta de médicos de família nos centro de saúde da região, bem como a necessidade de uma ambulância de emergência médica, como complemento à Viatura Médica de Emergência e Reanimação.

Enquanto presidente da CIMLT, Pedro Ribeiro, saudou o facto de Manuel Pizarro ter afirmado que reuniões como a realizada no dia de ontem, durante cerca de três horas, são para ter continuidade, tendo ficado agendado novo encontro para meados de maio, para um “balanço do conjunto de medidas e preocupações que levou”.

O também presidente da Câmara de Almeirim afirmou que os autarcas dos 11 concelhos da CIMLT apresentaram dois tipos de preocupações, por um lado, relativos aos cuidados de saúde primários, devido à falta de médicos de família, e, por outro, quanto à falta de especialistas no Hospital Distrital de Santarém, sobretudo em medicina interna e ortopedia, situações que “impactam” na resposta às populações.

Pedro Ribeiro afirmou que há um modelo organizacional que está a ser pensado, não escondendo que os autarcas têm dúvidas sobre a criação da anunciada Unidade Local de Saúde na Lezíria, apesar de concordarem “com o conceito”, ou seja, a articulação entre os cuidados de saúde primários e os hospitalares.

“Temos dúvidas da sua eficácia. Estamos disponíveis para ser ‘convencidos’ e criar condições, porque tudo aquilo que sejam condições para melhorar a resposta, para nós é importante”, disse, reafirmando a disponibilidade dos autarcas para “ser parte dessa solução”.

Pedro Ribeiro afirmou que, na área da Lezíria, as situações divergem de concelho para concelho, havendo situações de cobertura total de médicos de família e outros em que apenas 10% da população tem médico atribuído.

Segundo disse, tendo em conta as diferentes situações apresentadas, Manuel Pizarro adiantou algumas propostas que serão agora discutidas com a Administração Regional de Saúde e com o direção executiva do Serviço Nacional de Saúde, esperando que na reunião de maio seja feita uma avaliação entre o que foi hoje levantado “e o que está resolvido”.

C/Lusa