‘Vidas Iguais’, por Sandra Fé Fernandes

Aprendi que todas as vidas,
São tão parecidas.
Algumas tão iguais!!
Não existem existências banais.
Que todos temos sonhos,
Ideais e projetos,
Que todos somos sensíveis, fortes e algum dia, despertos.
Todos choramos e sofremos,
Todos sorrimos e festejamos,
Todos cometemos erros e enganos.
Somos transportadores de sentimentos,
Vivemos os acontecimentos com o coração na boca,
Atravessamos os anos numa travessia louca.
Vivemos o medo com medo,
Sem conhecer o porquê,
De termos um sentimento que se sente, mas não se vê.
Conhecemos novas pessoas,
E histórias tão idênticas,
Bem sabemos que podemos fazer uso,
Dessas sábias experiências.
Testemunhos que nos chegam,
Com uma delicada reflexão,
Que nos leva a refletir,
O caminho até então…
A receita da vida,
Os ingredientes da felicidade,
Está na forma como vivemos,
Com os outros na sociedade.
A amizade que se discute,
Por dá cá aquela palha,
Não vale o compromisso,
Quando uma das partes falha.
O Amor que se comenta,
Em cada virar de esquina,
Uma opinião que argumenta,
Sem conhecer a quem se destina.
Palavras leva-as o vento,
Sem haver tempestade,
De que vale o sentimento,
No coração de um falso frade.
Vidas tão parecidas,
Vidas tão iguais,
Procuramos respostas,
Serão estes os sinais!!
Ouvir com atenção,
Quem tem sede de falar,
Receber com gratidão,
O que outro quer passar.
Não existem vidas longas,
Nem vidas minimizadas,
Existem almas prontas,
A serem desencarnadas.
O intuito da vida,
Há quem diga mal distribuído,
Faz parte do propósito,
Que o espírito já traz consigo.
Não aceito que é o destino,
Não combina com o livre árbitro,
Eu escolho o meu caminho,
Que mais me inspira e acredito.
As consequências são minhas,
Foram escolhidas por mim,
As quedas e as feridas,
Foi com elas que aprendi.
Aprendi e aprendo,
Todos os dias sem exceção,
Que somos tão parecidos,
Nesta atual encarnação.
Vivemos vidas iguais,
De forma a superar,
Sempre arranjamos maneira de cair e levantar.
Na queda que humilha,
E provoca a depressão,
A diferença está naqueles,
Que nos estendem a mão.
Os golpes que nos machucam,
A falta de Fé e ingratidão,
Leva-nos ao abismo,
Sem acharmos solução.
A rejeição de um povo,
Que se isola em superioridade
Conhecerá a verdadeira solidão,
Da sua conduta e crueldade.
Momentos que nos marcam,
E que nos fazem meditar,
Que as vivências semelhantes,
São créditos a liquidar.
Vidas tão iguais!!
Vidas parecidas e repetitivas,
Vidas que ficam suspensas,
Em vidas com tantas dívidas.
Somos todos caminho,
Um caminho a percorrer,
De lições que doamos,
De lições para aprender.

Por Sandra Fé Fernandes