Cliente do Millennium BCP descobre penhora de casa nove anos depois

Um cliente do banco Millennium BCP descobriu que o seu imóvel estava penhorado depois de, há nove anos, ter tido um atraso na mensalidade, um problema que havia sido resolvido nessa altura.

Luís Nunes, residente em Almeirim, viu-se encurralado numa situação da qual não tinha como resolver. Teve um atraso nas mensalidades em 2014 e foi obrigado a renegociar.

“Fizemos uma renegociação de dois anos, que foi cumprida à risca e, entretanto, fiquei descansado”, disse Luís Nunes numa entrevista exclusiva ao jornal O ALMEIRINENSE.

Luís acreditou que a penhora tivesse sido levantada pelo banco, já que confrontou o banco várias vezes nesse ano, e nos meses finais de 2014, foi-lhe dito que o assunto estava resolvido: “fiquei descansado”.

Volvidos quase 10 anos do ocorrido, precisou de fazer uma escritura da casa para alterar o imóvel e o crédito de um banco para outro, quando “venho a descobrir que o imóvel tem uma penhora há oito anos”.

O cliente do banco Millenium, afirmou que já havia estado no local, semanas antes do ocorrido, e que não tinha sido informado por ninguém.

“Há duas semanas vim aqui para levantar um extrato e o gerente do banco tratou-me de tudo, e nunca me informou que tinha aquela penhora”, descreve.

Insatisfeito e confuso com a situação, a qual já teria a informação que estaria resolvida há anos, Luís dirige-se ao seu banco para tirar satisfações. Já no local, pediram-lhe para aguardar por mais informações, pois estariam a tratar do assunto diretamente com a sede de Lisboa, mas Luís não quis abandonar o local até que as coisas estivessem resolvidas ou até que lhe dessem um comprovativo em como estariam a tratar da situação.

“Estou aqui desde as 11h00 da manhã e ninguém me trata do assunto, só dizem que estão a enviar e-mails para Lisboa e não me quiseram dar comprovativo nenhum em como tinham comunicado com Lisboa”, adianta.

O proprietário do imóvel não saiu do edifício até ser confrontado com as autoridades, que foram chamadas ao local: “a única coisa que me deram, já na presença da GNR, foi um papel escrito aqui do banco em como o assunto está em tratamento”.

O Jornal O ALMEIRINENSE já tentou obter uma reação por parte da entidade bancária, mas sem sucesso.