A primeira reunião para se pensar na génese de uma adega cooperativa no Cartaxo remonta ao ano de 1951, mas a sua criação oficial viria a acontecer quatro anos mais tarde, a 05 de maio de 1954. Passaram então sete décadas de história e de muitas estórias. Uma história, um legado, muitos desafios, conquistas e vitórias. Paixão, tenacidade e inovação, homenageadas num singular Vinho do Tejo.
O Adega do Cartaxo 70 Anos – Edição Comemorativa (1954-2024) é um tinto especial, que resulta de um blend das melhores barricas da colheita de 2015 – com estágio de 12 meses em carvalho francês com grão extrafino –, selecionadas pelo enólogo Pedro Gil de entre as que se destinavam aos vinhos Desalmado, Bridão Reserva, Bridão Private Collection, Bridão Alicante Bouschet, Bridão Touriga Nacional e Bridão Trincadeira. É, por isso, um vinho com uma grande panóplia de castas: Touriga Nacional, Alicante Bouschet, Trincadeira, Cabernet Sauvignon, Merlot, Syrah e Tinta Roriz. As uvas foram totalmente desengaçadas, esmagadas e sujeitas a uma maceração prolongada durante cinco dias, com controlo de temperatura de fermentação a 25.ºC.
Um tinto de cor granada, quase opaco, e com aroma intenso a frutos silvestres maduros, groselha, compota, geleia, juntamente com notas de chocolate. Na boca, é igualmente intenso, com a fruta a sobressair. É fresco, profundo, complexo e de boa estrutura. Taninos presentes, mas sedosos e maduros, a conferir uma boa harmonia. Excelente evolução em boca, com retrogosto pronunciado com notas de chocolate. Ótimo para acompanhar pratos de sabor intenso, especialmente carnes, para consumir à temperatura de 16.ºC. Um vinho elegante e complexo, que enaltece o terroir do Cartaxo, sub-região situada na zona do Bairro, a norte do rio Tejo. Dedicação à terra e perícia na arte de fazer vinho, numa edição limitada a 1954 garrafas, com um preço de venda ao público de €70,00.
Com forte conhecimento da região e do Portugal vinícola, a equipa de enologia e a administração da Adega do Cartaxo estão convictos que é no Cartaxo que se encontram as uvas mais equilibradas do país – ao nível da acidez, o que é um fator chave para a criação de vinhos de elevada qualidade e potencial de guarda, como é o caso deste: produzido em 2015 e engarrafado em 2017.