Miguel Arsénio perde Campeonato Nacional de Trail devido a uma marcação mal feita

Miguel Arsénio, atleta natural de Paços dos Negros, perdeu a hipótese de se ter tornado Campeão Nacional de Trail Longo, devido a uma marcação mal efetuada pela organização da prova que decorreu no passado sábado, 2 de julho, em Cinfães.

O atleta da equipa EDV-Viana Trail foi ‘traído’ por uma fita de marcação mal colocada que o fez completar a prova com menos 3,6 quilómetros do que os restantes atletas, acabando por ser desclassificado quando terminara a prova na primeira posição.

“Não tenho dúvidas algumas, que se tudo tivesse decorrido normalmente, que seria sempre entre mim e o Hélio Fumo. Não são suposições, são factos, que o Strava nos pode ajudar a perceber. Fui sempre o atleta mais forte em todos os segmentos do percurso. […] Aceito as decisões tomadas, uma vez que fizemos menos 3,6 quilómetros. Ainda assim chegamos 30 minutos mais cedo que o vencedor. Não acredito que para esses 3,6kms gastaria 30 minutos.”, refere Miguel Arsénio.

O atleta lamenta que a organização não o tenha avisado mais cedo da situação e acusa a mesma de nunca ter revelado o regulamento da prova.

“Não entendo o porquê de não nos terem avisado mais cedo na prova, do que havia sucedido. Fizeram nos acreditar, para depois desclassificar. Que esperavam? Interpretar o regulamento, que nunca existiu?”, destaca o corredor, acrescentando que “nunca aceitaria que classificassem um atleta que fez menos quilómetros, se eu tivesse na posição de quem fez todo o percurso”.

Miguel pede ainda à Associação de Trail Running Portugal que faça algo em relação a este tipo de problemas que tem vindo a suceder em diversas provas.

“Está na hora de fazerem algo diferente, por favor chega deste circo que têm montado, desde regulamentos em falta, lista de inscritos à última da hora, provas com quilómetros a menos, falta do gráfico de altimetria, informações de abastecimentos dadas as 00h45 do dia da prova. É demasio amigos… Levamos isto muito a sério, para tanta brincadeira”, conclui.