Viver das aparências

Continuamos a caminhar ,como sociedade ,de um modo em que, as aparências são mais importantes que a resolução ou busca de soluções para os problemas ou dificuldades, que afectam a todos.

Continuamos a permitir, como sociedade, que sejam premiados aqueles que no passado e no presente tomaram e tomam decisões que nos afectam. Afectam no presente e condicionam o futuro, pois para os nossos “des”governantes, a culpa nunca é deles, foi sempre decisões de outros.

Mesmo quando essas decisões foram tomadas no passado, por eles mesmo, aquando o desempenho de outras funções. Ainda assim conseguem iludir alguns. Este tipo de atitudes encaminha-nos para acontecimentos trágicos, como o caso dos incêndios ou da escassez de água. As decisões não são tomadas, não por falta de coragem, mas por interesses pessoais, colectivos e ideológicos. Como exemplos disto, temos o adiamento de algumas décadas do projecto do Alqueva (Projecto do Estado Novo), o desaparecimento do guarda-florestal (que salvo-erro, terá sido criado ainda na Monarquia), ou as condições de infra-estruturas, equipamentos e pessoal que estão a fornecer a ANEPC e GNR, em detrimento das Corporações de Bombeiros. Acaba por se tornar vergonhoso o tratamento dado a um bombeiro e às Corporações, em comparação com os demais elementos das estruturas centrais e de comando da Autoridade. Da mesma forma se, atrasa ou prejudica uma região por falta de construção de projectos, ou da falta de solução, como é o caso da água, reservas e formas de captação e reaproveitamento.

A culpa não deve “morrer” solteira, nem deve ser dos outros, mas é, sim, daqueles que neles votam, mas depois se lamentam das suas políticas e atitudes.

João Vinagre, CDS Almeirim