Israel, Hamas e ONU

O hediondo e cobarde ataque perpetrado pelo grupo terrorista palestiniano do Hamas contra civis israelitas inocentes e desprotegidos, causando centenas de mortes, crianças e idosos incluídos, não pode deixar a humanidade indiferente, não pode ser branqueado por outros crimes praticados pelo regime de Israel nem pode ficar impune.

Perante tal grau de atrocidades e horror, era de esperar que Israel, legitimamente, tudo fizesse para eliminar os terroristas do Hamas. E todo o mundo democrático estaria incondicionalmente do seu lado.

Israel sabe como o Hamas ascendeu ao poder na faixa de Gaza, como eliminou quaisquer outros adversários políticos, como mantém o povo palestiniano debaixo de um regime opressor e ditatorial, como o Hamas mistura os seus homens armados com a população servindo-se desta como escudo em caso de serem atacados. Israel sabe tudo isto, portanto, nunca poderia confundir os terroristas do Hamas com a população palestiniana. 

Israel, sendo um estado de direito, não pode agir com a mesma indiferença pela vida humana como os terroristas.

António Guterres, secretário-geral da ONU, após inúmeras declarações condenando o Hamas e pedindo ajuda humanitária para as populações deslocadas, disse o que todos sabem: o crime praticado pelo Hamas não foi um acontecimento repentino e imprevisível, porque tem por detrás um quadro comum de intolerância e fanatismo religioso.

Uma guerra cheia de demónios de ambos os lados, os senhores da guerra, mas onde também existem muitos santos que são os civis inocentes.

Só com dirigentes israelitas e palestinianos completamente comprometidos com a paz se poderá sonhar com o fim do conflito: a solução dos dois estados. Mas isso agora parece muito mais difícil.

Gustavo Costa – PS Almeirim