O sabor de uma conquista inédita

FUTEBOL Tiago Capeto, João Palhoto, Marco Oliveira e o Rafael Alturas sagraram-se Campeões Distritais da AF Santarém no escalão sénior, pelo Coruchense. Capeto falou ao JORNAL O ALMEIRINENSE sobre este título e passou também em revista a carreira que tem tido.

Que balanço faz da temporada?
O balanço da nossa época foi completamente positivo. Mesmo sendo um campeonato atípico só com uma volta do campeonato foi, sem sombra de dúvidas, uma temporada muito boa e completamente realizada.

O quão especial foi sagrar-se campeão distrital?
Ser campeão foi uma alegria enorme, até porque foi a primeira vez que fui campeão distrital. Já ganhei algumas taças e supertaças, mas ser campeão no nosso distrito foi a primeira vez e, por essa razão, foi algo muito especial também, tal como meter o clube no sítio onde ele merece estar.

Quantos títulos distritais já tem?
Como tinha referido, em termos de campeonato, foi mesmo o primeiro a nível sénior, daí ter tido outro sabor. Agora, taças do Ribatejo, supertaças já? Tenho algumas, mas é sempre algo único sermos campeões e tem um sabor muito especial.

“Hoje em dia, tudo nas nossas vidas teve que mudar, devido a esta situação da pandemia. Tivemos que nos habituar a novos costumes e a novas regras, mas que sã necessários (…)”

Qual o mais saboroso? Porquê?
Este campeonato foi, sem dúvida, o mais saboroso em relação às taças que já tivemos oportunidade de ganhar. É sempre algo único e o mérito de toda uma época desportiva na qual não somos profissionais, mas levamos o futebol distrital como se fosse profissional. Foi uma alegria enorme e o trabalho reconhecido, acho eu, com todo o mérito que tivemos em ganhar.

“O melhor que tínhamos a fazer era trabalharmos forte, tanto a nível físico como a nível psicológico e fazemos o melhor em todos os jogos para que algo acontecesse (…)”

Foi estranho este campeonato só com metade dos jogos?
Não foi totalmente estranho este campeonato só com uma volta porque, desde início, saberíamos que isto poderia
acontecer e, desde muito cedo, começamos a interiorizar essa possibilidade. O melhor que tínhamos a fazer era trabalharmos forte, tanto a nível físico como a nível psicológico e fazermos o melhor em todos os jogos para que, algo acontecesse e nós estivéssemos de consciência tranquila. E no final, pudemos festejar como fizemos.

“Já tinha trabalhado com Mister Mário, que sempre foi de uma grande competência, enorme profissionalismo e muito rigor. Também ele ganhou este troféu que já há alguns anos ambicionava (…)”

O Coruchense foi muito melhor que a concorrência?
Não tenho dúvidas nenhumas que a nossa era a mais forte do campeonato e a melhor equipa da nossa divisão. Acho que havia uma diferença enorme para restantes equipas e que, se o campeonato fosse às duas voltas, como é normal, a diferença se notaria ainda mais.

O quanto contribuiu o Mário Nelson para este título?
O Mister Mário Nelson foi um dos grandes obreiros desta conquista. Ele conseguiu comandar um enorme grupo de jogadores e, sem dúvida, de homens com muito trabalho, muito profissionalismo, muita dedicação e enorme empenho. Isto só poderia culminar em sucesso esta época.
Já tinha trabalhado com Mister Mário, que sempre foi de uma grande competência, enorme profissionalismo e muito rigor. Também ele ganhou este troféu que já há alguns anos ambicionava e é muito mérito do Mister este nosso sucesso, também.

Mas a não ida à fase final da Taça do Ribatejo, também surpreendeu os jogadores?
A decisão da Direção em não ir à Taça do Ribatejo apanhou-nos completamente de surpresa, como a todas as pessoas, mas nós só temos que respeitar as decisões da Direção. Todos os jogadores gostariam de jogar a Taça do Ribatejo, mas temos que respeitar as decisões do clube e, se eles assim o decidiram, é porque seria melhor para o clube, e nisso não nos podemos intrometer.

“O União de Almeirim foi e será sempre o meu clube desde pequeno, nunca o escondi de ninguém. Gostaria, se calhar, de poder terminar a carreira no União de Almeirim (…)”

E o futuro próximo, por onde vai passar?
O futuro, em relação à próxima época desportiva, ainda não está certo, pelo menos a 100%. Houve uma abordagem para renovar, mas temos de sentar, falar e resolver as coisas todas porque, infelizmente, não somos profissionais e temos trabalho fora do tempo do futebol. Assim, temos de analisar qual é a melhor situação.

Gostava de terminar a carreira no U. Almeirim?
O União de Almeirim foi e será sempre o meu clube desde pequeno, nunca o escondi de ninguém.
Gostaria, se calhar, de poder terminar a carreira no União de Almeirim, mas nunca sabemos o dia de amanhã, não sei se isso poderá vir a acontecer. Durante estes anos, no Coruchense, também me tenho sentido em casa e sempre me deram um enorme carinho.

Como explica que o U. Almeirim não tenha, hoje em dia, nenhum atleta aqui formado?
Não consigo bem explicar essa situação, porque algo se passa no clube para não ter nenhum atleta da formação na equipa principal. Também não sou a melhor pessoa para responder a isso porque não sei o que se passa dentro do clube da nossa terra… Mas que é triste, é! Sempre!