“A freguesia da Raposa parece-nos que foi mesmo esquecida pela Câmara Municipal”

ASSUME-SE José Carlos Avó, militante da CDU, coloca a fasquia alta: “Um bom resultado para a CDU será a vitória”. É com esta certeza que vai a votos no final de setembro.

O que o levou a candidatar-se?
Penso que o conhecimento que adquiri ao longo deste mandato me dá as condições de poder ser um bom presidente de Junta. Conheço as vontades e os desejos dos Raposenses, continuo a ter uma forte ligação à freguesia, e estou ligado às nossas coletividades. Ao longo destes quatro anos, mantive a mesma vontade em ajudar a melhorar a vida das pessoas na nossa terra, pelo que mantenho a energia para continuar. Também a confiança dos membros da lista e dos partidos que compõem a CDU foi um incentivo muito forte para continuar a candidatar-me. Outro motivo de encorajamento foi o facto de muita gente se disponibilizar para fazer parte da lista encabeçada por mim. Se fosse necessário mais candidatos havia disponíveis para a lista.

Que balanço faz do último mandato de Cristina Casimiro?
Considero que este mandato foi negativo, pois mesmo havendo dificuldades e problemas com a COVID, as obras
que foram prometidas para quatro anos apenas avançaram nos últimos seis meses antes das eleições. “Rápido e bem, não há quem” pelo que temos dúvidas da eficácia dos trabalhos de pavimentação e quando vierem as primeiras chuvas, estaremos cá para ver o que acontecerá. A freguesia da Raposa parece-nos que foi mesmo esquecida ao longo destes quatro anos pela Câmara Municipal e pela maioria PS. Se pegarmos num exemplo concreto, o Parque de Merendas parece as “obras de Santa Engrácia” transportadas para a Raposa: começaram tarde e tortas e vamos ver como e quando irão acabar. Para não ir mais atrás, desde que os atuais presidentes de câmara e junta estão no exercício das suas funções, há oito anos, que esta obra surge nos orçamentos municipais, mas só agora começaram e não sabemos bem quando vão acabar. Isto reflete bem o desnorte e o “governar ao sabor do vento”, sem rumo, nem estratégia, que esta gestão do PS tem trazido ao nosso concelho e à nossa freguesia.

A que se propõe nos próximos anos?
Eu, enquanto presidente da Junta de Freguesia da Raposa, farei um esforço muito grande para desenvolver as oportunidades de habitação, mais transportes públicos com horários adequados para servir a população e também incentivar o comércio local. Tudo isto deve ser integrado e ajudará a que as pessoas se fixem e outras que possam vir para cá como forma de desenvolvimento da freguesia. Não podemos esquecer que é preciso dar condições para que os idosos tenham acompanhamento e espaços de convívio, mas também termos mais desportos e atividades para os jovens. Os serviços públicos devem ser melhorados, em especial o Centro de Saúde, que só abre uma vez por semana para consultas. É preciso quebrar o isolamento a que nos têm condenado. Faço aqui o compromisso de que, ao assumir a presidência, a gestão será transparente e rigorosa e tratarei todos os Raposenses por igual, sem discriminações e compadrios, pois todos contam para que a freguesia seja um local agradável para vivermos, com mais justiça e harmonia.

O que é que o levou a entrar como independente numa candidatura da CDU?
No caso da minha candidatura, a questão não se coloca, pois sou militante de um dos partidos que compõem a CDU, desde há vários anos. No entanto, a maioria dos membros da lista são mesmo independentes, que veem na CDU a força política que terá melhores condições para mudar o estado moribundo a que chegou a freguesia.

A grande novidade é a candidatura do CHEGA. Ficou surpreendido com a candidatura?
Fiquei surpreendido pois, aqui na Raposa o primeiro candidato não é, até ver, conhecido da população, nem se ouve falar em mais nomes de outras pessoas daqui. Mais surpreso fico quando ao longo de quatro anos as únicas forças políticas conhecidas com trabalho local foram o PS e a CDU.

O que será um bom resultado?
Um bom resultado para a CDU será a vitória, crescendo mais, tendo mais votos e aumentando os eleitos na assembleia
de freguesia. Este aumento de gente que conhece a sua terra e que trabalha para todos, será bom para a freguesia. Vou continuar a dar o meu melhor para que isso possa acontecer na Raposa. Também já é um bom resultado haver gente nova nas listas, que aparecem com vontade de participar para melhorar, fazer o que falta e mudar o que está mal.

Este é o último mandato de Cristina Casimiro. A candidatura da CDU também é a pensar daqui a quatro anos?
Não sabemos se o último mandato não foi o que passou, isso será decidido pela população no dia 26 de setembro. A CDU tem passado e presente e acreditamos que será o futuro. Hoje, sou uma vez mais o rosto desta candidatura. Daqui por quatro anos logo veremos quem poderá estar, mas, desde já, afirmo que os Raposenses podem contar com a CDU. A nossa forma de trabalhar é coletiva, apesar de continuar a ser o primeiro candidato, desde há quatro anos, não estou sozinho nesta tarefa. Da mesma forma, daqui a quatro anos, seja a lista da CDU encabeçada por mim ou por outra pessoa, será o mesmo projeto de trabalho, honestidade e competência que terá sempre como objetivo a defesa dos interesses da população da Freguesia da Raposa.