“A proximidade com a população torna-se mais fácil, sendo possível intervir sempre”

APOSTA Apesar de nunca ter estado ligado a nenhum partido político, Miguel Gomes aceitou ser o cabeça de lista à freguesia da Raposa pelo CHEGA. Conheça, aqui, as razões desta candidatura.

Que análise fazem ao mandato da Raposa?
Sendo uma freguesia com um número de pessoas baixo e uma área não muito grande, a junta foi diligenciando a execução de algumas decisões emanadas da Câmara Municipal, que mais uma vez pecam por se realizar com o aproximar das eleições autárquicas, e se contrariam com o que está no site da CMA, onde, sobre a freguesia da Raposa, se lê: “… Continua a demonstrar total solidariedade com toda a população.” Mas algumas causam estranheza a parte da população que não entende, porque, por exemplo, se alcatroam algumas entradas de moradias ou quintas de responsabilidade do proprietário e outras não, ou ainda, a realização de outras intervenções em locais visíveis mas desproporcionados ao que seria necessário, com os custos associados a tal obra, como exempto na barreira da EN 114 junto á fonte.

O que faria de diferente?
Como referido atrás, sendo uma freguesia pequena, a proximidade com a população torna-se mais fácil, sendo assim possível intervir sempre que necessário e reunidas as condições para tal, não ficando intervenções por fazer ao longo de meses, para se mostrar serviço com o aproximar de eleições.

Porque aceitou este desafio do CHEGA?
Porque na legitimidade que posso ter e dentro de um total espírito democrático me revejo na ideologia do partido.
Sabendo que vivemos tempos difíceis cada vez mais as pessoas se sentem afastadas dos políticos e nestas eleições a proximidade entre os candidatos e os eleitores é muito importante. Um autarca deve ser alguém legitimamente preocupado com os problemas dos cidadãos, identificado com políticas relacionadas com as questões da família, sociais, educação, associativismo ou saúde.

Como se descreve?
Uma pessoa simples, integra, trabalhador por conta de outrem, conhecedor da realidade social, que passa também pela dificuldade de deixar grande parte do ordenado nos cofres do estado e não vê escolas, hospitais, transportes ou a segurança que merecemos todos.

Sem que conheçamos a sua ligação à política. Onde tem estado nestes últimos anos?
Efetivamente, nos últimos 55 anos, nunca estive ligado a nenhuma força política, mas há uma primeira vez para tudo e vivendo sempre no Concelho de Almeirim, conhecedor de tudo o que de bom e menos bom se tem feito, ligado há muitos anos ao associativismo desportivo, quer como atleta, treinador e dirigente, praticante de Pesca Desportiva, representando o Concelho e até Portugal, conhecendo pelas razões expostas muita gente e pela identificação com a ideia política do CHEGA, entendi ser a altura para dar a cara e ajudar estando próximo das pessoas, do nosso eleitorado natural, daqueles que pretendemos representar e, mais do que tudo, proteger.

Que semelhanças tem com André Ventura?
Além do óbvio cabelo branco, existe a semelhança na disponibilidade total de defesa da transparência em todos os setores da realidade autárquica, nos procedimentos, na acessibilidade de informação entre todos os órgãos autárquicos ou na relação com a população e com as empresas. É fundamental credibilizar a política em geral, mas o poder local tem de ser mais próximo dos cidadãos, sem burocracia e com total transparência.

Quais são as linhas orientadoras desta candidatura para a Freguesia?
Regendo-se pelas linhas orientadoras nacionais, a defesa da transparência nos procedimentos é fundamental, ser o mais próximo possível dos cidadãos com o máximo diálogo e diplomacia, avaliar os serviços de modo a reorganizar e rentabilizar os serviços e recursos, se tal for necessário, fomentar uma cultura de repúdio ao suborno, promover medidas de modo a fixar população, recursos e investimento privado. No Desporto, sabendo que não pode ser desassociado da Saúde, a prática desportiva acarreta benefícios na saúde mental e física de todos, é importante incentivar esta prática e ao fazê-lo estaremos a prevenir doenças e futuros problemas de saúde, sobretudo nos mais jovens. É, então, importante tentar reacender o Associativismo que em tempos já existiu e no momento é quase inexistente. Na ação Social, garantir a qualidade da alimentação fornecida nas cantinas das escolas, sobretudo quando, para muitas crianças, essa será a única refeição do dia. Na colaboração no apoio a famílias carenciadas e na ajuda aos idosos, seja no seu transporte, no fornecimento de medicamentos ou no apoio necessário à resolução de assuntos vários relacionados com outras entidades. No Ensino e Cultura, promover o acesso aos bens culturais que possibilitam o desenvolvimento da forma como interagimos em comunidade. Na parte Ecológica e de Sustentabilidade são importantes o encorajamento e a conservação do ambiente e dos recursos naturais e as preocupações com o meio ambiente.

Quais são as maiores necessidades da Freguesia?
Sabendo que alguns trabalhos que há muito tempo poderiam ter sido feitos, e que foram terminados nos últimos meses, com o diálogo com a população e levantamento das necessidades, serão assim executados conforme as prioridades, isto no que concerne a acessibilidades, limpezas e património. Outros poderão ser desenvolvidos no intuito de revitalizar o associativismo, pois além dos que já acontecem poderá, por exemplo, ser aproveitada a Ribeira de Muge para a promoção da Pesca Desportiva, desporto em tempos existente na freguesia, pois está a ser requalificado o parque de Merendas, mas poderia também ser incluído o arranjo e limpeza das margens da Ribeira e proporcionar a prática desta modalidade, como projeto já existente há alguns anos. Existe também a necessidade de melhorias e arranjos no Centro Cultural e no campo de futebol, além de que se poderiam criar percursos pedestres
na freguesia, na zona envolvente da aldeia, aproveitando a ideia e colaboração com algumas quintas que até já têm projetos elaborados de percursos, juntando os vários pontos de interesse da freguesia, sendo assim uma mais-valia a nível turístico.

O que será um bom resultado para o CHEGA em Raposa e também no Concelho?
Almejamos a mudança e acreditamos que, com o contributo de todos, tal será possível!