Os resultados obtidos a nível Nacional, marcam uma viragem significativa no panorama político em Portugal com destaque para o reforço da direita e crescimento da extrema-direita refletindo tendências internacionais.
Em análise, a votação na AD justificada pela necessidade de “estabilidade governativa”, apesar de políticas que geram, essas sim, instabilidade para a população e de atos ilegítimos associados ao governo em funções. A perda significativa de deputados pelo PS, traduz-se na ausência de um caminho e alternativas distintas da AD e, tudo aponta, viabilizarão o novo governo. Seria bom que os dirigentes do PS avaliassem as razões pelas quais obteve uma maioria absoluta em 2022, e, também, tentassem perceber o porquê de PS’s em França, Itália, Grécia, Alemanha e outros, terem hoje a expressão eleitoral que têm.
O resultado do Chega deve-se à influência de interesses que promovem valores reacionários, antidemocráticos, alimentando demagogia, mentiras, manipulação e ódio.
Estes resultados devem-se ao descontentamento da população e a insatisfação com as sucessivas políticas dos governos PSD/CDS e PS, e pela incapacidade de resposta às necessidades dos portugueses. E com esta nova composição da Assembleia da República, cresce o perigo da intensificação de uma agenda neoliberal e antissocial, do ataque aos direitos, liberdades democráticas e à Constituição da República Portuguesa.
É urgente uma política alternativa de esquerda que priorize e responda aos interesses dos trabalhadores, da população e do País, que defenda e afirme a soberania e independência nacionais e que respeite a Constituição e os valores de Abril.
Ana Rita Monteiro – CDU Almeirim